Brasil

Saúde entra na campanha para combater o racismo

Atualizada em 27/03/2022 às 12h31

BRASÍLIA - O ministro Alexandre Padilha e a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Luiza Bairros, celebraram o Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra, comemorado hoje (27), com a assinatura de um acordo que assegura a adesão do Ministério da Saúde à campanha “Igualdade Racial é Pra Valer!”. A assinatura do acordo também vai impulsionar ações no Sistema Único de Saúde (SUS) para o enfrentamento do racismo.

O acordo foi assinado durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que reúne representantes das esferas de governo federal, estadual e municipal, na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em Brasília.

No Brasil, cerca de 50% da população brasileira é negra ou parda. Segundo estimativa do Ministério da Saúde esta parcela da população responde por, aproximadamente, 70% dos atendimentos no SUS. “Também chama a atenção o fato que as taxas de mortalidade infantil e materna sejam maiores entre a população negra”, disse o ministro Alexandre Padilha.

A partir do acordo com a SEPPIR, o Ministério da Saúde vai desencadear as ações como a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, criada em 2009, e do Programa de Enfrentamento ao Racismo Institucional. “Também queremos introduzir na formação de profissionais de saúde o combate ao racismo”, assegurou Padilha.

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Para a ministra da SEPPIR, Luiza Bairros, “um dos pontos importantes desse acordo é que o Ministério da Saúde assume o compromisso de enfrentar o racismo institucional”. Para ela, a população negra precisa de atenção coerente às suas necessidades.

Ações específicas

De acordo com o ministro Alexandre Padilha, uma das metas do ministério, até 2014, é implantar, em todos os estados, o teste do pezinho para a identificação precoce da Anemia Falciforme – que atinge principalmente a população negra. Anualmente, três mil crianças nascem com doença falciforme no Brasil. Por ano, cerca de 2,5 milhões de recém-nascidos têm acesso ao exame da doença pelo SUS – há 16,2 mil postos de coleta para teste do pezinho e 33 serviços de referência.

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