Filiação Partidária

Cinco pré-candidatos têm até o dia 2 de outubro para regularizar filiação partidária

São eles: Edivaldo Holanda Júnior, Eliziane Gama, Max Barros, Roberto Rocha e Tadeu Palácio.

Carla Lima / Marco D`Eça / O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 12h33

SÃO LUÍS - Pelo menos quatro pré-candidatos a prefeito de São Luís vivem semanas de expectativa nestes últimos dias de prazo para definição dos partidos pelos quais pretendem disputar as eleições de 2012. De uma forma ou de outra, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), Eliziane Gama (PPS), Max Barros (DEM), Roberto Rocha (PSB) e Tadeu Palácio (sem partido) têm que definir a situação partidária e se viabilizar para a disputa com o prefeito João Castelo (PSDB). O prazo para regularização da filiação partidária termina no dia 2 de outubro, exatamente um ano antes do pleito.

Os cinco pré-candidatos ainda com indefinição no rumo partidário têm, juntos ou isolados, densidade eleitoral suficiente para garantir a realização de um segundo turno em São Luís. O prefeito Castelo sabe disso e, por isso, também atua nos bastidores para inviabilizar um ou outro.

Para o secretário de Infraestrutura, Max Barros, o caminho partidário está praticamente definido. Ainda filiado ao DEM, ele figura na lista de membros do PSD encaminhada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA), mas deve filiar-se mesmo ao PMDB. "O Max deve entrar no PMDB até o final de setembro", diz o presidente municipal da legenda, deputado estadual Roberto Costa.

O deputado federal Edivaldo Holanda Júnior (PTC) ainda estuda seu futuro partidário. Chegou a ser cogitado seu ingresso no PDT, onde encabeçaria uma chapa de oposição ao prefeito Castelo. Sob ameaça da direção do PTC - e resistência da ala castelista do PDT - acabou desistindo do projeto, mas não da candidatura. Pode ser candidato pelo mesmo PTC, numa aliança com partidos de esquerda, como o PCdoB e o próprio PDT.

Já com filiação partidária definida e garantia da direção nacional de que será candidata a prefeita, a deputada estadual Eliziane Gama ainda atua nos bastidores para consolidar esta posição no PPS. O partido se reúne neste mês para definir o novo comando municipal de São Luís e a direção estadual. "É óbvio que, garantindo um aliado no comando partidário, as coisas caminham com mais segurança", frisou a parlamentar, que não deve disputar diretamente a presidência do partido, mas vai apoiar pessoas alinhadas ao projeto eleitoral popular-socialista.

Outro pré-candidato que ainda depende da definição partidária é o ex-deputado federal Roberto Rocha. Ele deixou o comando do PSDB maranhense para entrar no PSB, por onde pretende disputar as eleições. Para que isso se consolide, ele precisa ter o comando da legenda em São Luís, hoje sob controle do ex-deputado José Antonio Almeida. Rocha enfrenta resistência do ex-governador José Reinaldo Tavares, mas já conseguiu a anuência de José Antonio.

A situação mais complicada é a do ex-prefeito Tadeu Palácio. Bem situado nas pesquisas eleitorais, ele deixou o PMDB em agosto, após definição dos líderes da legenda pela candidatura de Max Barros, mas ainda não definiu seu futuro partidário. Tem convites do PSL, do PHS, do PR e do PV.

Entre outras questões, o ex-prefeito precisa analisar também a capacidade de aglutinação da legenda com a qual pretende concorrer. Por isso, ainda estuda as possibilidades. Tem até o final deste mês para isso.

Roberto Rocha acredita em consenso na direção do PSB

Ex-deputado federal é o preferido da direção nacional para dirigir o PSB em São Luís

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) definirá até o fim deste mês o novo diretório municipal em São Luís. O ex-deputado federal Roberto Rocha deverá assumir o comando da legenda, mas para isso é necessário que o consenso seja alcançado. Por enquanto, tanto Rocha quanto seus aliados buscam a convergência interna na sigla com o grupo do ex-governador José Reinaldo Tavares para não desencadear uma disputa no congresso partidário. Decisão fechada com a direção nacional do PSB, Roberto Rocha é quem deve comandar o partido.

Por isso, até o fim do mês - antes que ocorra o congresso do PSB para consolidação dos diretórios estadual e municipais - Roberto Rocha intensifica as conversas internas para que o consenso seja alcançado. "Não estou interessado em aumentar a divergência interna. O que interessa é ser um ponto de convergência dentro do partido. Acredito que o diálogo é a base de tudo, da política", afirmou Rocha.

Para aliados do ex-parlamentar, como o deputado federal Ribamar Alves, não haverá dificuldades para Roberto Rocha ser o novo presidente do diretório municipal. Isso porque o atual presidente da comissão provisória, Maurício Almeida (filho do presidente estadual do PSB, José Antônio Almeida), não teria espaço político suficiente para barrar a vitória de Rocha.

"Ele [Maurício Almeida] não tem estatura para comandar o processo de discussão sobre alianças para as eleições", disse Alves.

O presidente estadual José Antônio Almeida garantiu que há sim uma movimentação intensa em busca do consenso. "Não há nada ainda definido. Estão acontecendo conversas para a tentativa do consenso, pois, ao contrário, Roberto Rocha não coloca o seu nome em uma disputa", garantiu o presidente estadual do PSB.

Convite - Roberto Rocha assegurou que fará um convite para que Aderson Lago, ex-chefe da Casa Civil no governo de Jackson Lago, se filie ao PSB, já que deixou o PSDB. Segundo o ex-deputado, ele irá conversar com Lago para saber quais os objetivos dele e que um convite será feito.

"Aderson é meu amigo e politicamente é um quadro respeitável para qualquer partido. Se ele quiser entrar na disputa de 2012, melhor ainda. Mas independente dele sair ou não candidato no próximo ano, nós faremos o convite a ele para que seja mais um grande nome no PSB", afirmou Rocha.

Aderson Lago deixou o PSDB por divergências com o prefeito de São Luís, João Castelo. Apesar de garantir que está desiludido com a política, Lago não descarta a possibilidade de se filiar a uma outra legenda e seguir sugestões dos amigos, de tentar uma vaga na Câmara Municipal.

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