Maranhão

Vitrine de Tecnologias da IV Reunião de Biofortificação no Brasil

A vitrine demonstrará, na prática, o plantio e a colheita de alimentos biofortificados em Coroatá.

Atualizada em 27/03/2022 às 12h36

SÃO LUÍS - Nesta terça-feira (12), a Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão (Agerp-MA), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (Sedagro) será responsável pela Vitrine de Tecnologias da IV Reunião de Biofortificação no Brasil, encontro internacional a ser realizado entre os dias 10 e 15 de julho em Teresina.

A vitrine demonstrará, na prática, o plantio e a colheita de alimentos biofortificados com as culturas de feijão-caupi, arroz, batata-doce e mandioca com maior teor de ferro, zinco e betacaroteno, experiência exitosa realizada na área de assentamento Vale do Beka, no município de Coroatá.

A Agerp, presidida por Jorge Fortes, faz parte do comitê de transferência de tecnologias da IV Reunião de Biofortificação e a pesquisadora Adelana Santos, Coordenadora Agroextrativista e Florestal da agência, é a responsável pela vitrine com o tema “Biofortificação de Alimentos: Promovendo Segurança Alimentar no Maranhão. O projeto tema da vitrine foi iniciado em 2007 e está em fase de avaliação quanto ao seu desempenho em campo. A próxima fase será a de multiplicação de sementes, manivas e ramos para serem distribuídos aos pequenos agricultores familiares que poderão cultivar alimentos mais nutritivos em seus próprios roçados e reverter, assim, o quadro de insegurança alimentar do Estado. Projeto Iniciado em 2003 pela Embrapa, o projeto “Biofortificação de Produtos Agrícolas para Nutrição Humana”, principal componente do HarvestPlus Challenge Program (www.harvestplus.org) no Brasil, um dos Programas Desafio (Challenge Programs) do Consultative Group for International Agricultural Research (CGIAR), conta com o apoio da Fundação Bill e Melinda Gates e do Banco Mundial.

Desde o início, as atividades do HarvestPlus no Brasil foram coordenadas por Marília Regini Nutti, pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, localizada na cidade do Rio de Janeiro. O projeto tinha como objetivo inicial a definição de populações segregantes de mandioca, feijão e milho com potencial agronômico e maior valor nutricional (teores mais elevados de ferro, zinco e pró-vitamina A).

Em janeiro de 2010, foi iniciado no assentamento de Coroatá o plantio de batata doce de polpa alaranjada e de feijão-caupi, com o envolvimento dos agricultores nas atividades durante todo o ciclo até maio do mesmo ano, onde foi realizado um Dia de Campo para as duas culturas, com participação de cerca de 100 agricultores.

Após a colheita, os produtos foram avaliados quanto ao seu desempenho agronômico, e submetidos à avaliação sensorial pelos agricultores e suas famílias, onde foram registradas as opiniões e preferências dos mesmos, sempre buscando comparar as novas cultivares em relação às testemunhas locais. No decorrer de 2010, observou-se uma mudança de atitude dos agricultores, que se envolveram nas atividades do Projeto e atualmente estão motivados, participando de todas as ações propostas.

O feijão-caupi é a principal fonte de proteína para as populações de baixa renda no Meio-Norte do Brasil. O Maranhão é o sexto produtor nacional de feijão-caupi, com uma produção de 34.905 toneladas. No entanto, há uma demanda de feijão-caupi no estado de 64.803 toneladas, gerando um déficit de quase 30.000 toneladas. O déficit do produto aliado à carência nutricional da população local justificou ações de pesquisa e a transferência de novas cultivares mais produtivas e nutritivas.

As informações são da Secom do Estado.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.