SÃO LUÍS - Empresários, vereadores, promotor de justiça, delegado e donos de bares, restaurantes e lava- jatos do município da Raposa – cidade turística localizada a 30 quilômetros de São Luís – foram reunidos, nesta quinta-feira (10), no auditório da Secretaria Municipal de Saúde, para conhecer e colaborar com o “Projeto Dengue Índice Zero - Uma solução simples, eficaz e de baixo custo". O programa é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Saúde (SES) em parceria com o governo municipal e pessoas da comunidade da Raposa.
Inédito no país, o projeto foi lançado no início deste ano e tem como meta principal eliminar os focos do criadouro do mosquito Aedes aegypti na Raposa num prazo médio de seis meses. O programa visa distribuir, inicialmente, cinco mil mantas doadas pela SES para a cobertura de tambores, tanques e caixas d'água que se encontram sem tampas ou com as mesmas quebradas. Ainda como parte das ações de prevenção a Dengue, houve mudança no ciclo de visita aos domicílios. Antes, cada agente levava cerca de dois meses para retornar às casas. Com o projeto, esse período deverá cair para 20 dias úteis.
“O vírus da dengue não tem antídoto e a eliminação das larvas depende de todos. O Aedes aegypti é eminentemente urbano (reproduz em depósitos artificiais) e estas larvas precisam ser eliminadas para que não atinja a fase adulta e contamine as pessoas”, explicou o superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Henrique Jorge dos Santos.
O projeto piloto concentra a atuação dos trabalhos na intensificação das medidas preventivas em locais apontados como os pontos estratégicos (PE's) para a proliferação dos criadouros do mosquito, entre eles as borracharias, terrenos baldios e oficinas mecânicas. Os estudos proporcionaram o mapeamento, reorganização e distribuição do território em 13 microzonas. Ainda como parte do projeto, foram distribuídos material educativo para o público alvo, dentre eles calendários com gravuras destacando ações adequadas no manejo de resíduos domésticos e ficha com a rota da coleta.
Foco
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Durante a reunião foram mostrados registros de lixo e água acumulados nas vias públicas, frente aos restaurantes e lava-jatos da cidade. O prefeito Onacy Carneiro disse que a Prefeitura da Raposa está fazendo a sua parte na limpeza da cidade, com a coleta permanente de lixo, e que a colaboração da população é essencial para que possamos ter uma cidade limpa e livre de doenças. “Melhorando a limpeza da cidade, estamos contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população”, observou.
Para a secretária de Saúde de Raposa, Nancy Fernandes Carneiro, não há trabalho eficaz de combate à dengue se o município não tomar medidas mais rigorosas relacionadas ao lixo. Por conta disso, foi mostrado também o projeto "Prefeitura em comunidade - Juntos por uma cidade limpa e organizada", convocando a população a ajudar o governo municipal a depositar o lixo somente em locais apropriados, uma das estratégias de controle da dengue.
O promotor de Justiça Reinaldo Campos disse que foi vítima de dengue e demonstrou total apoio ao projeto Dengue Índice Zero. “A limpeza urbana é uma questão educacional e a promotoria poderá impor questões restritivas, de acordo com o Artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais, como a cassação de alvará e multas administrativas aos estabelecimentos que não cumprirem o código de postura do município”, disse ele.
As informações são da Secom do Estado.
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