Concurso

Presidente dos Correios diz que consultou outras empresas antes de contratar Cesgranrio

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 12h47

BRASÍLIA - O presidente dos Correios, David José de Mattos, disse na terça-feira (19) que a estatal consultou outras empresas para organizar o concurso público da entidade, que oferece 6.565 vagas na empresa. Ele nega favorecimento à Fundação Cesgranrio, que foi contratada sem licitação para a realização do concurso.

“Estamos demonstrando que isso foi feito [consulta a outras empresas]. Estamos bastante tranquilos. A AGU [Advocacia-Geral da União] está nos ajudando a formatar a defesa para o juiz ”, disse Mattos, após participar da abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

O processo de contratação da Fundação Cesgranrio, que iria aplicar as provas do concurso dos Correios, foi suspenso ontem, por determinação da 5ª Vara da Justiça Federal de Brasília. Depois disso, o Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) recomendou que o concurso seja anulado e as taxas de inscrição dos candidatos sejam devolvidas, alegando que outras empresas organizadoras de concursos sequer foram consultadas para apresentar propostas.

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As provas do concurso público seriam realizadas no dia 28 de novembro. Mais de 1 milhão de pessoas se inscreveram para participar da seleção.

Na tarde de ontem, a Fundação Cesgranrio divulgou uma nota dizendo que foi surpreendida com a suspensão do contrato e informando que nunca teve envolvimento com quaisquer diretores dos Correios e que ainda não recebeu “nenhum centavo” pela elaboração do concurso. A Cesgranrio diz que a diretoria dos Correios justificou sua contratação porque “outra instituição, anteriormente escolhida, não teria comprovado experiência em concurso nacional de grande porte”.

A entidade diz que tem “notória expertise” na realização de concursos públicos e avaliações de larga escala. “A Fundação Cesgranrio manifesta a sua mais profunda repulsa à sua vinculação aos fatos noticiados, ainda que nada exista de concreto contra ela”, diz a nota divulgada pela empresa.

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