BRASĂLIA - Promotores da Justiça Militar de Israel anunciaram hoje (6) que os militares, alguns de patentes elevadas, que participaram de ofensiva na Faixa de Gaza entre 2008 e 2009, serĂŁo indiciados. Na lista, estĂĄ um atirador suspeito de homicĂdio culposo de uma palestina desarmada que integrava um grupo que mostrava bandeiras brancas no momento do ataque. As informaçÔes da agĂȘncia de notĂcias BBC Brasil.
A Organização das NaçÔes Unidas (ONU), na Ă©poca, informou que 1,3 mil palestinos foram mortos. Entre os israelenses, as baixas foram de 20 mortos. O governo de Israel afirmou que as açÔes â que incluĂram bombardeios de ĂĄreas habitadas â foram uma reação Ă s atividades de militantes, que disparavam foguetes de Gaza em direção a Israel.
A campanha militar foi criticada internacionalmente e um relatório endossado pela ONU, chamado Goldstone, acusou Israel de uso desproporcional da força. A versão foi rejeitada pelo governo de Israel.
Em comunicado oficial divulgado hoje (6), o ExĂ©rcito informou que o incidente no qual o soldado israelense supostamente disparou contra as palestinas desarmadas se assemelha a um caso descrito no RelatĂłrio Goldstone. Mas acrescentou que foi "impossĂvel" estabelecer "conexĂ”es suficientes" entre o depoimento de uma testemunha palestina e o testemunho dado pelos soldados israelenses.
"Depois de receber os depoimentos, o advogado-geral militar ordenou que um sargento seja indiciado sob acusação de homicĂdio culposo pela Justiça Militar", informou o ExĂ©rcito Israelense. "Esta decisĂŁo Ă© baseada em provas de que o soldado, que estava servindo como atirador, deliberadamente atingiu um indivĂduo â isto andando com um grupo de pessoas que agitavam uma bandeira branca, sem receber ordens ou autorização para fazer isso", acrescentou o ExĂ©rcito, na nota.
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