SÃO PAULO - A disputa pela guarda do menino já dura cinco anos. De um lado, está a família brasileira da mãe de Sean, que morreu. A avó e o padrasto querem que ele permaneça no país. Do outro lado, o pai biológico, o americano David Goldman, quer criar o filho nos Estados Unidos, onde mora.
Na semana passada, o ministro Marco Aurélio Mello, também do STF, concedeu uma liminar suspendendo a decisão da Justiça Federal, que determinava que Sean fosse imediatamente para os Estados Unidos. O pai e a Advocacia-Geral da União entraram com os mandatos de segurança para derrubar a liminar. Eles alegam que a decisão da Justiça Federal precisa ser obedecida, porque o Brasil cumpre acordos internacionais e pode até virar réu na Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Nesta terça, a família brasileira de Sean divulgou uma carta escrita pela avó materna, Silvana Bianchi. Ela pede que o menino seja ouvido pela Justiça e também para ser recebida em audiência pelo presidente Lula. Até agora, o Palácio do Planalto não se manifestou.
Logo depois do Jornal Nacional ter ido ao ar, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, determinou a entrega do menino Sean Goldman ao pai biológico. Ele cassou a liminar concedida na semana passada pelo ministro Marco Aurélio Mello, também do STF. A família brasileira de Sean anunciou no Rio de Janeiro que está analisando a decisão e deve recorrer.
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