SÃO PAULO - Os três torcedores que se envolveram em uma briga com o jogador Vagner Love, do Palmeiras, na tarde desta terça-feira (1º), vão responder na Justiça por racismo e por lesão corporal.
Eles estão presos no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e deverão permanecer no local até esta quarta, quando deverão ser transferidos para outro DP.
Os torcedores têm 19, 20 e 25 anos. Um deles já tem passagens na polícia por lesão corporal e formação de quadrilha.
A agressão ao jogador ocorreu na saída de um banco em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo. Após o episódio, o Palmeiras disse que estuda reforçar a segurança dos jogadores do time.
A pena para quem pratica racismo pode variar de um a três anos de reclusão e multa. Para lesão corporal, a pena varia de três meses a um ano de detenção.
A delegada Daniela Franco estava colhendo o depoimento do atacante na noite desta terça.
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Segundo uma testemunha ouvida pelo Globoesporte.com, os torcedores perguntaram: "E aí, negão? Vai fazer gol ou não?". O advogado do Palmeiras, André Sica, acrescentou que o trio afirmou que Love é um "negão baladeiro". Eles ainda prenderam a porta do carro, o impedindo de sair do local, segundo o relato.
Ainda de acordo com a testemunha, que não quis se identificar, o jogador, então, chamou os torcedores para a briga e trocado socos e pontapés com eles. Um vigilante da agência ouvido pela reportagem contou que o trio entrou em um carro preto e ameaçou o jogador de morte: "Vamos voltar e te pegar na bala".
O trio estava sem camisa, o que, segundo o assessor Bertazzi, foi um artifício para dificultar sua identificação. Eles rasgaram a camisa e o calção do jogador. Além disso, eles afirmaram que Love é um dos responsáveis pela perda do título do Campeonato Brasileiro deste ano.
Ainda conforme o assessor, a polícia já identificou um dos agressores como sendo integrante de uma torcida organizada. Apesar da briga, Vagner Love foi direto para o centro de treinamento do Palmeiras.
Ao Globoesporte.com o jogador disse que os torcedores "tentaram [agredir], mas não aconteceu nada demais. Amanhã [quarta-feira], eu falo", resumiu o atacante.
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