BRASÍLIA - O Ibama e a Polícia Rodoviária Federal apreenderam na madrugada deste sábado (3) cerca de 600 canários-da-terra que estavam sendo transportados ilegalmente por um casal, desde Campo Grande (MS). O flagrante ocorreu no posto rodoviário na BR-060, próximo a Brasília.
Esta é a segunda vez, em uma semana, que as duas instituições realizam grande apreensão de pássaros. No sábado passado, três homens com passagens anteriores pela polícia e multas por crimes ambientais foram flagrados com 459 canários-da-terra.
Segundo o Ibama, assim como da outra vez, os canários apreendidos neste sábado foram acondicionados em caixas pelos infratores. Cada uma continha mais de 30 pássaros. A remessa deste sábado também foi levada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, localizado na Floresta Nacional de Brasília.
“Eles ficam extremamente estressados, debilitados, e isso baixa no sistema imunológico deles. E em questão de 24 horas os animais acabam morrendo por conta desse estresse. Apesar de estarem voando agora, amanhã a gente vai ter um tapete de animais mortos no chão”, diz Anderson do Vale, do Centro de Triagem.
O principal problema enfrentado pelo Ibama e a falta de uma legislação específica para combater os traficantes. Quem vende os animais tem a mesma punição de quem cuida em cativeiro. A pena para o crime é de seis meses a um ano, e a multa é de R$ 500, por animal. Mas, o traficante não fica preso. E liberado assim que assinar um termo de compromisso.
“No Brasil são cerca de 45 mil animais apreendidos por ano. É um número muito alto. Por isso, é preciso alterar essa legislação, apenando de forma maior o traficante, pra que o Ibama e as polícias possam dar à sociedade a resposta que ela merece. Ou seja, pegar o traficante de animal silvestre e, realmente, retirá-lo desse tipo de atividade”, afirma o coordenador de fiscalização Roberto Cabral.
Os animais não podem ser soltos no Distrito Federal, é preciso levados de volta para o ambiente natural deles, para evitar danos ecológicos e mais mortes.
O casal prestou depoimento na Delegacia de Polícia Civil de Recanto das Emas e acompanhou os fiscais até o Cetas, onde foi lavrado auto de infração.
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