BRASÍLIA - O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (1), durante entrevista à imprensa após o vazamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que o inquérito da Polícia Federal que vai investigar o fato já foi aberto e vai correr em São Paulo, cidade onde houve a oferta para o jornal "O Estado de S.Paulo". A nova prova, segundo o MEC, deve acontecer em 30 ou 45 dias.
"[As pessoas que fizeram a oferta] Estão se expondo de uma maneira que podemos chegar aos autores do delito com alguma rapidez", disse. O consórcio que vai aplicar a prova foi chamado a Brasília para dar explicações. Ele foi o único participante da licitação.
Haddad disse que, por volta das 21h30, foi informado que o jornal havia recebido uma oferta de provas impressas do Enem. Após isso, uma equipe do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) fez uma checagem com as informações passadas pelo "Estado". Segundo o ministro, no Inep, não existe prova impressa, mas sim uma digitalizada em um cofre e em um envelope lacrado. A impressão acontece somente na gráfica, disse.
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Por volta de 1h, a equipe confirmou que os elementos descritos pela jornalista estavam na prova que seria aplicada no final de semana. Logo após, o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, comunicou o adiamento da prova.
"A prova impressa tem que ter passado pela gráfica. Uma coisa seria o vazamento do banco de itens. Outra seria o manuseamento do material impresso. Até pela experiência acumulada nesta área, há realmente um risco de vazamento na gráfica. Por isso ela é monitorada, com câmeras que gravam entrada e saída de pessoal. Mas não posso excluir nenhuma possibilidade", disse.
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