SÃO LUÍS - Autoridade máxima da Marinha do Brasil, o almirante- de-esquadra Julio Soares de Moura Neto desembarcou ontem no Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado, no bairro Tirirical. Ele veio a São Luís conhecer a região costeira e falar do projeto de implantação da base naval da Segunda Esquadra, que poderá ser instalada no Maranhão, embora o Ceará também pleiteie o empreendimento. Ainda ontem à noite, o comandante teve um jantar com a governadora Roseana Sarney, no Palácio dos Leões.
“Um dos critérios para escolher São Luís para a instalação da base naval é a proximidade da Baía de São Marcos com a foz do rio Amazonas, além de um porto de grande porte com águas profundas como o Itaqui”, destacou o almirante.
O comandante disse ainda que, além da base naval, está prevista a implementação de um programa de submarinos que contará com fabricação de submarinos tradicionais no Brasil, e submarinos de propulsão nuclear. Este projeto é fruto de uma parceria com a França.
Hoje pela manhã, o comandante da Marinha vai visitar a Ponta da Espera, na região portuária do Itaqui, uma das duas áreas apontadas como propícias para a instalação de uma base militar, de acordo com estudos feitos anteriormente pela Força Naval. A outra área é a Ilha do Medo.
Para a ocasião, o almirante-de- esquadra Julio Soares de Moura Neto programou uma entrevista com a imprensa local, para falar dos planos da Marinha para a região Norte/Nordeste, mediante o projeto da Estratégia Nacional de Defesa (END), divulgado no fim do ano passado pelo Governo Federal.
A força naval vai se equiparar à Primeira Esquadra, fundada no Rio de Janeiro (RJ) há quase 200 anos. O projeto da Segunda Esquadra será apresentado pelo comandante ao empresariado maranhense, durante encontro marcado para as 19h, no Hotel Brisamar, na Ponta d’Areia.
Orçamento– A Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2009 prevê R$ 2,7 bilhões para a Marinha, valor que inclui custeio e investimentos. Em 2008, a previsão orçamentária era de R$ 1,97 bilhão. Os recursos para contingenciamento este ano somam R$ 183 milhões, enquanto os investimentos da diretoria-geral de material, responsável por construções e modernizações, chegam a R$ 461 milhões. O número é maior do que o de 2007, de R$ 293 milhões.
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