RIO - Mais um bondinho restaurado deve voltar às ruas de Santa Teresa neste mês. A previsão é de que a composição “novinha” deixe, no dia 18, a garagem da empresa onde foi recuperada, na cidade de Três Rios, no interior do estado, com destino às ladeiras do bairro, no centro do Rio. Atualmente, três bondes rodam no bairro.
Será a segunda composição entregue pela TTrans em condições de uso. Há quatro anos, a empresa venceu a licitação para reforma dos bondinhos, com financiamento de R$ 14 milhões do Banco Mundial (Bird), segundo informação da Secretaria de Transportes.
De acordo com a TTrans, a idéia é devolver dois bondes por mês, a partir de abril, finalizando a entrega de 14 bondinhos até setembro, “se não faltar dinheiro”, adverte o dono da empresa, Massimo Giavina-Bianchi. O atraso nos pagamentos e a falta de uma pista de testes adequada atrasaram a entrega dos carros, disse ele.
“Primeiro, parávamos os testes para a passagem de ônibus e carros. Fazíamos 500 corridas para aproveitar 30. Tivemos que fazer uma pista em Três Rios, que não estava contratada”, disse.
“Em segundo, o pagamento ficou atrasado por mais de dois anos. No período, não é que paramos a obra, mas que ela ficou mais lenta”, completou. Segundo o dono da empresa, em setembro de 2008, o governo “deu novas garantias e passou uma régua”.
A Secretaria de Transportes informou que o pagamento atrasou porque, no período, a empresa suspendeu os serviços de restauração, em busca de peças.
No ano passado, a TTrans entregou a primeira composição restaurada, chamada de Frankenstein pelos moradores que, apesar dos problemas, está rodando desde novembro. Antes disso, a empresa apresentou um protótipo, que, devido a um problema no freio, teve de voltar à garagem.
Os moradores e funcionários da oficina de bondes, em Santa Teresa, dizem que o novo bondinho tem defeitos e constantemente precisa ser retirado de operação. “É como se não funcionasse”, disse um dos mecânicos, que pediu para não se identificar. Na última semana, o carro chegou a disparar sozinho com um motorneiro. “Imagina se estivesse lotado de passageiros”, observou outro mecânico.
Os técnicos da TTrans informam que os novos bondes custam R$ 1 milhão e apresentam melhorias em relação às antigas composições, mas ainda estão em fase de testes.
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