Senado

Sarney garante apoio formal das bancadas do PTB e do PR

Senador espera ainda o apoio do PSDB, que quer a vaga de vice-presidente da Casa.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 13h23

BRASÍLIA - O senador José Sarney (PMDB-AP) obteve ontem o apoio formal da bancada do PTB e do PR na disputa pela presidência do Senado. As duas legendas somam 11 senadores. São sete do PTB - Romeu Tuma (SP), Epitácio Cafeteira (MA), Gim Argello (DF), João Vicente Claudino (PI), Mozarildo Cavalcanti (RR) e Sérgio Zambiasi (RS) - e quatro do PR: João Ribeiro (TO), César Borges (BA), Magno Malta (ES) e Expedito Júnior (RO).

O PTB deve indicar o nome de um de seus membros para a Comissão de Relações Exteriores do Senado. O apoio do PR, por sua vez, chamou atenção porque o senador João Ribeiro foi um dos parlamentares que acompanharam o candidato do PT, Tião Viana (AC), no registro de candidatura.

Além destas legendas, Sarney tem o apoio do seu partido, o PMDB e do DEM, que somam algo em torno de 35 parlamentares, já levando em conta as eventuais defecções. Os aliados do ex-presidente da República articulam ainda o apoio do PSDB, que soma 13 senadores. Os tucanos querem indicar Marconi Perillo (GO) para a vice-presidência e devem apresentar a proposta formalmente a Sarney até amanhã. O nome de Perillo foi levado a Sarney pelo líder da bancada, senador Arthur Virgílio (AM).

Há na bancada do PSDB pelo menos cinco senadores simpáticos a Tião. O mais poderoso é Tasso Jereissati (CE). Mas, diante da indiferença de Serra e Aécio e da vontade da maioria, nem Tasso nem os demais parecem dispostos a quebrar lanças pelo candidato petista. A essa altura, as divisões do tucanato estão restritas à partilha dos cargos.

Assédio

Nos últimos dias, o petismo passou a assediar o governador José Serra (São Paulo), presidenciável do PSDB mais bem-posto nas pesquisas. O PT esperava que Serra, velho desafeto de Sarney, se animasse a arregaçar as mangas por Tião. Em dois diálogos telefônicos com o próprio Tião Viana, Serra mostrou-se simpático à candidatura dele. Mas ficou nisso.

A uma semana da queda-de-braço do Senado, Serra não pediu voto a nenhum dos 13 senadores do PSDB. Mais: o governador tucano de São Paulo recomendou expressamente a pelo menos um dos manda-chuvas da bancada tucana no Senado: “Tira meu nome dessa história”. Um pedido que deixa os senadores do PSDB à vontade para optar por Sarney.

Para complicar, o governador mineiro Aécio Neves, outro presidenciável do PSDB, também não se animou a comprar briga com Sarney. Procurou-o o ex-governaor petista do Acre, Jorge Viana, irmão de Tião. Mas Aécio, como Serra, preferiu manter distância da arenga do Senado.

Como o voto é secreto, Tião ainda rumina a expectativa de obter os votos de cinco senadores do PMDB. Renan Calheiros (PMDB-AL), o centroavante da candidatura Sarney, desdenha da aposta. Move-se para restringir a perspectiva de defecção a um mísero nome: Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).

Com a saída do PR, Tião Viana tem agora o apoio oficial de apenas cinco partidos: PT (12 senadores), PDT (5), PSB (2), PSOL (1) e PRB (1).

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