Violência

Vandalismo em Zé Doca é investigado

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 13h27

ZÉ DOCA - A equipe de investigação comandada pelo delegado Luís Cláudio Balby, da Delegacia Regional de Zé Doca (a 318 km de São Luís), apura informações de que a ação de vandalismo naquele município, terça-feira última, teria sido coordenada de forma a esgotar a munição dos policiais que estavam sitiados no hospital. Além de paus e pedras, fogos de artifício e rojões, os baderneiros utilizaram gasolina em garrafas incendiadas – conhecidas como coquetéis Molotov.

A violência praticada contra a Unidade Mista de Saúde de Zé Doca foi decorrente da morte do técnico agrícola João da Cruz Sousa. Ele era uma pessoa bastante conhecida na cidade e região, pois prestava consultoria para agricultores e pecuaristas. A sua popularidade chegou a lhe render uma eleição para vereador no município vizinho de Pedro do Rosário, onde mantinha uma segunda residência nos últimos anos, além de Zé Doca.

Na última terça-feira, segundo a versão da polícia, o ex-vereador tentou ‘furar’ uma blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a qual resultou num confronto a bala com os agentes rodoviários. Ele estava de moto e não utilizava o capacete. Os policiais apreenderam com a vítima um revólver calibre 32.

A suposta revolta popular, ou vandalismo generalizado ao hospital, teve início quando os policiais rodoviários levaram João da Cruz Sousa, ainda vivo, para a Unidade Mista de Saúde de Zé Doca. Lá, eles foram sitiados e ameaçados de espancamento (linchamento), o qual não se consolidou devido aos reforços da Polícia Militar que chegaram em auxílio à crise instaurada.

Conforme revelou o delegado Balby, o agente rodoviário sequer chegou a ser ouvido pela polícia sobre o ocorrido, pois a mobilização de pessoas que sitiou o hospital foi mais rápida que a notícia da morte do ex-vereador João da Cruz Sousa.

Segundo a prefeita de Zé Doca, Natália Mendonça, a polícia fez o que pôde para tentar estabelecer a ordem. “O efetivo policial da cidade é pequeno. A polícia fez o possível para resistir ao ataque, mas eram muitas pessoas. Ficou evidente que o número de policiais não dá para garantir a segurança da cidade”, destacou a prefeita.

Quinze suspeitos foram presos e estão sob investigação da Polícia Civil. Uma gravação feita por uma emissora de televisão local serviu para os primeiros levantamentos. No momento, depoimentos de testemunhas que assistiram ao vandalismo, bem como de servidores do hospital, completam os recursos para identificar os vândalos.

Enquanto a polícia investiga, a Prefeitura de Zé Doca tenta calcular os estragos e encontrar uma solução para os pacientes que estavam internados na unidade de saúde.

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