ZÉ DOCA - Compra de votos, falta de fiscalização, infração por parte de candidatos. Foi nesse clima de tensão que transcorreu a eleição municipal da cidade de Zé Doca-MA, a 310 km da capital, São Luis. Cinco candidatos disputaram o cargo, mas, o acirramento se deu entre os prefeituráveis Raimundo Nonato Sampaio- Natim (PSC) da coligação “Unidos para Vencer” e Dr. Alberto (PTB), da coligação “Zé Doca em Boas Mãos”.
Casos atípicos, totalmente fora da normalidade aconteceram em Zé Doca no dia que a população foi às urnas escolher o novo prefeito e os novos vereadores. A compra de votos foi um tipo de irregularidade comum evidenciada tanto às vésperas do pleito eleitoral quanto no próprio dia das eleições. O risco que candidatos estavam passíveis era notório, principalmente do candidato do PSC que liderava as pesquisas informais de boca de urna.
A fiscalização por parte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MA) foi deficiente. As infrações às leis da Justiça Eleitoral foram claras, como o fato de se realizar propaganda eleitoral nos dias proibidos pela Justiça. Não havia limites e nem ordem que detivessem a manifestação popular para com seus candidatos, é tanto que nos dias das eleições foram comuns prisões de eleitores.
Mesmo com todos estas complicações, o desejo de mudança da população de Zé Doca, que possui cerca de 40 mil habitantes, era perceptível facilmente. Isso pôde ser notado pela participação popular, que ganhou as ruas para fiscalizar seus respectivos candidatos, uma vez que, pela periferia da cidade, a ação de compra de votos permaneceu até o dia cinco de outubro.
Bem diferente de algumas cidades, onde as campanhas eleitorais foram consideradas mornas, em Zé Doca, a disputa pelo voto dos eleitores foi intensa nos mais de 90 dias reservados para a campanha. O agora prefeito do município, Natim, foi eleito com 48.05% dos 22.471 votos válidos. O segundo colocado, Dr. Alberto, teve 8.679 votos. No balanço final das eleição no município foram registrados 1.376 votos nulos, 216 brancos e 6.361 abstenções.
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