Alcântara

Presidente da AEB quer independência tecnológica

Ganem quer criar condições para que profissionais capacitados não sejam “exportados”.

Marco Antônio Soalheiro, Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 13h33

BRASÍLIA - Ao desenvolver projetos para colocar em plena atividade um complexo espacial em Alcântara, o governo brasileiro busca atingir uma maior e necessária independência tecnológica.

A avaliação foi feita hoje (21) pelo presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem, em entrevista concedida à Agência Brasil sobre a retomada dos testes com o foguete VLS-1B (veículo lançador de satélites), como parte das atividades do Programa Espacial Brasileiro.

“Não é ideal termos monitoramento do tráfego aéreo, de meteorologia e mudanças climáticas pendurado na aba de um satélite americano. Por estar em cima de satélite de terceiros, são os terceiros que determinam as prioridades [do satélite]”, ressaltou Ganem.

Para o presidente da AEB, o programa espacial brasileiro tem capacidade de "entrar na corrida por bons negócios" por ter vantagens comparativas geográficas e tecnológicas.

Ganem disse que o governo quer também criar condições para que profissionais capacitados no Brasil não sejam “exportados” para trabalhar em programas espaciais concorrentes. “Queremos fazer um esforço embasado para manter no país esses profissionais, permitir o aproveitamento dessa massa crítica em produtos, processos e serviços da nova atividade espacial.”

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