BRASĂLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, pediu hoje ao presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva que, em atĂ© dez dias, encaminhe ao ĂłrgĂŁo justificativas para a manutenção da Lei Federal 11.705/08, a chamada Lei Seca. Depois disso, a Advocacia-Geral da UniĂŁo (AGU) e o MinistĂ©rio PĂșblico (MP) terĂŁo de pronunciar-se sobre a constitucionalidade da lei. A legalidade da legislação Ă© questionada no STF pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Na ação, ajuizada na sexta-feira, a Abrasel requer que o ĂłrgĂŁo conceda uma liminar para suspender, imediatamente, os efeitos da nova lei.
Com o rito adotado por Mendes de pedir informaçÔes prévias, essa solicitação de liminar não serå analisada. Quando o processo for levado ao plenårio da Corte, serå julgado em definitivo, o que acelera o andamento. Ele, que permanece de plantão no STF no recesso judiciårio, elogiou a tolerùncia zero aos motoristas que dirigem embriagados. "Tenho a impressão que a medida caminha no sentido correto. à preciso por cobro (por fim) a este dado que fala mal do nosso processo civilizatório. Quem bebe não deve dirigir e é preciso por cobro a esses abusos", afirmou.
Entretanto, na semana passada, Mendes admitiu que os ministros terĂŁo de se pronunciar sobre o rigor da nova regra, que estabeleceu tolerĂąncia zero para os motoristas que tomarem qualquer quantidade de ĂĄlcool. "Eu sei que hĂĄ um debate sobre essa desproporcionalidade da lei, o fato de nĂŁo se ter contemplado um Ăndice mĂnimo. SerĂĄ, se chegar ao Supremo Tribunal Federal, devidamente apreciada. Mas eu disse que beber e dirigir sĂŁo elementos incompatĂveis, e parecer-me que se deve seguir nessa direção correta", afirmou, na semana passada.
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