BRASÍLIA - O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, convocou educadores e dirigentes de escolas para formar uma ação conjunta contra a dengue. O apelo foi feito durante a Conferência Nacional de Educação Básica. A iniciativa tem o objetivo de levar aos estudantes informações de combate ao mosquito transmissor e multiplicar as ações de enfrentamento à doença nos lares brasileiros. Durante o evento, foi distribuído um kit sobre a dengue para os participantes.
“A principal arma contra dengue é a informação. As escolas são, portanto, um espaço privilegiado para que essa mobilização aconteça. Neste ano, esse empenho é ainda mais importante, seja pelo acontecimentos na cidade do Rio de Janeiro, seja pelo calendário eleitoral, quando precisamos cobrar que não seja desmobilizada a constante ação no combate à doença. Em se tratando de dengue, 2009 já começou”, afirmou o ministro.
O kit é composto por um manual de manejo e diagnóstico de dengue, separando os sintomas entre homens e mulheres, crianças e adultos. Também traz um CD com as campanhas de combate à dengue, que poderão ser reproduzidas em sala de aula, um guia ilustrado e de fácil linguagem sobre a doença, um folder específico para chamar atenção dos professores e seu papel de protagonista no enfrentamento contra a dengue, um calendário, contendo informações básica e uma carta assinada pelo ministro.
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A Secretaria de Vigilância em Saúde consolidou os índices de dengue nos dois primeiros meses deste ano. Nesse período, houve uma redução de 27% no número de casos em relação ao ano passado. A queda não foi homogênea nos 26 estados e no Distrito Federal. O Centro-Oeste e o Sul puxaram o esforço nacional contra a dengue, apresentando índices de queda de 79,06% e 56,88% respectivamente. Embora com o segundo menor número de casos, o Norte teve o maior aumento da dengue, com um acréscimo de 52,82%. Em números absolutos, o Rio de Janeiro ficou com 36% do total de casos.
O Ministério da Saúde investiu mais de R$ 685 milhões no combate à dengue, em 2007. Além disso, levou informações sobre o diagnóstico e tratamento da doença para crianças e adultos para 380 mil médicos, alertou as autoridades sobre a possibilidade de uma epidemia neste verão, produziu um diagnóstico de infestação do mosquito transmissor nas áreas consideradas de risco e modificou a campanha contra a dengue, de sazonal para todo o ano, entre outras ações. O governo federal também está investindo R$ 2,9 bilhões em saneamento, nas áreas mais preocupantes em relação à doença.
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