SÃO LUÍS - Diante do constante aumento de casos de dengue, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), condenou o uso indiscriminado, abusivo ou mesmo sem uma correta indicação de antitérmicos e analgésicos no tratamento da doença.
De acordo com Raimundo Antônio Gomes Oliveira, chefe do departamento de Farmácia da UFMA, em geral, o paciente com dengue diminui a contagem de plaquetas no sangue(as plaquetas são células que auxiliam na circulação sanguínia), por isso é preciso muito cuidado na hora de tomar medicamentos contra a dengue. “Os analgésicos e antitérmicos diminuem a função de adicionamento das plaquetas, logo o uso dos mesmos em pacientes com dengue produz riscos de sangramento”, afirma.
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Segundo a Anvisa, o uso do paracetamol, muito utilizado na amenização da febre e dores de cabeça, é um medicamento eficaz e seguro quando tomado de forma racional e com indicação correta. Entretanto, necessita de maiores cuidados em relação à dose a ser administrada.
Nos casos de dengue hemorrágica, o mais alto estágio da doença, pode-se chegar à falência do tecido hepático, órgão que auxilia o sangue assimilar as substâncias nutritivas e a excretar os materiais residuais e toxinas. Por isso, o paracetamol pode agravar ainda mais o problema, pois, mesmo em pequenas doses, agride essas células e pode causar danos.
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