SÃO LUÍS - A cidade de São Luís está incluída, pelo Ministério da Saúde, em um grupo de 30 cidades brasileiras que detém as maiores probabilidades de enfrentar um surto de dengue similar ao que vem ocorrendo no Rio de Janeiro. Apesar do alerta, o coordenador do Programa Municipal de Combate à Dengue em São Luís, Pedro Tavares, tranqüilizou a população e descartou qualquer possibilidade de surto da doença na cidade.
Segundo o Ministério da Saúde, a alta probabilidade de um surto de dengue em São Luís é fruto da combinação da alta infestação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, com o aumento do vírus do tipo 2 - um dos mais agressivos - e um número considerável de pessoas suscetíveis à contaminação.
A constatação tomou como base o cruzamento de dados entre o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa) com mapas de circulação dos vírus da dengue, do Ministério da Saúde. A preocupação do Ministério da Saúde é ainda maior porque a constatação foi feita a partir de dados coletados há 4 meses.
As 30 cidades onde há grande probabilidade de ocorrência de um surto de dengue estão nos estados de Roraima, Piauí, Maranhão, Tocantins, Bahia, Ceará, Alagoas e Pará. No levantamento do Ministério da Saúde, aparecem sete capitais: Porto Velho, São Luís, Fortaleza, Maceió, Salvador, Belém e Palmas. “É preciso redobrar esforços, caso contrário a situação pode se agravar, sobretudo no verão do próximo ano”, avisou o secretário adjunto de Vigilância do Ministério da Saúde, Fabiano Pimenta, em matéria veiculada ontem pelo jornal O Estado de São Paulo.
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Tranqüilidade
Apesar do alerta feito pelo Ministério da Saúde, o coordenador do Programa Municipal de Combate à Dengue, Pedro Tavares, demonstrou tranqüilidade e afirmou que, pelo menos por enquanto, não há a menor probabilidade de existência de um surto de dengue em São Luís. “Estamos tomando todas as medidas necessárias para controlar o vírus em São Luís”, alegou Tavares.
Levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus) constatou que São Luís detém índice de infestação de 3,9%, o que é considerado alto pelo Ministério da Saúde. Isto significa que, na capital maranhense, aproximadamente 10 mil casas apresentam o foco da dengue. Nos primeiros três meses desse ano, conforme a Semus, foram notificados 207 casos de dengue clássica e apenas um de dengue hemorrágica. “Não tivemos óbitos e até mesmo o caso de dengue hemorrágica notificado foi curado rapidamente. Não há motivos para alardes. A população não precisa se preocupar. Agora, ela também tem que fazer a sua parte. Trocando a água dos reservatórios e tomando outras providências”, aconselhou Tavares.
Segundo ele, 450 agentes estão trabalhando no combate direto da dengue em São Luís. Para combatê-la, a Semus intensificou o levantamento e o tratamento focal da doença (principalmente nos bairros considerados de alto risco, como São Francisco e Centro, por exemplo), a visita dos agentes de saúde às casas e a borrifação feita pelos veículos fumacê nos bairros considerados de alto risco. A dengue é provocada por quatro tipos de vírus, batizados de 1, 2, 3 e 4, sendo este último o mais perigoso. Ao ser infectado, o paciente cria imunidade somente ao tipo de vírus que causou sua doença.
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