Brasil

Presidente da AEB quer potencializar projetos em Alcântara

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 13h41

BRASÍLIA - A manutenção de projetos de potencialização do setor aeroespacial em Alcântara (MA), onde se concentram duas bases de lançamentos de foguetes e satélites, é o foco da gestão do novo presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem.

Durante a cerimônia de posse, na tarde de hoje (25), Ganem deixou claro que não pretende criar um novo Programa Espacial Brasileiro, mas manter os projetos já existentes.

Segundo Ganem, os projetos são uma nova plataforma de lançamentos no Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA), a parceria com a Alcântara Cyclone Space (centro binacional de missões, formado por Brasil e Ucrânia) e a concepção do Centro Espacial de Alcântara, que deverá assegurar emprego aos moradores da região, por força de um acordo firmado com o Tribunal de Contas da União (TCU), que liberou as obras sob estas condições.

“Eu não quero fazer promessas, vou ficar com aquilo que a gente já tem como meta quantificável e com os recursos que foram mitigados pelo Tesouro Nacional. E mesmo com os recentes cortes havidos, o orçamento que dispomos é três vezes maior que o orçamento que o presidente Henze [Miguel Henze, último presidente da AEB] encontrou quando aqui tomou posse”, disse.

Ele detalhou que, em 2007, o Orçamento destinado à AEB foi de R$ 250 milhões. Para 2008, o repasse será de R$ 182 milhões, por causa dos cortes que o Congresso teve que fazer após o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

“Perdemos mais de R$ 40 milhões, facilmente recuperáveis. Vamos trabalhar para recuperar isso”, assegurou Ganem. Para o presidente da agência, isso poderá acontecer a partir do uso econômico da base de Alcântara, que, por estar em área próxima à linha do Equador – o que diminui o custo com missões espaciais –, pode ser usada para um “filão no mercado mundial”, que reserva, segundo ele, cerca de US$ 13 bilhões só para o lançamento de foguetes e satélites.

Além disso, ele pretende ampliar os recursos da União destinados ao setor, com o uso de todo o orçamento previsto. “A nossa idéia é que possamos construir uma linha de crescimento tendente a cada execução orçamentária e fazer com que esses recursos disponíveis para nós fiquem totalmente comprometidos. A minha meta é executar o orçamento”, afirmou.

Para o presidente da AEB, outro foco do setor deve estar no desenvolvimento da região de Alcântara. “É criar base, criar raiz, condições de moradia, de uso da terra e respeitar as questões pessoais da sociedade quilombola existente no local. E mais do que isso, criar uma condição de permanência, de tal maneira que aquilo não vire um sítio de mero trabalho sem fixar renda no local. A gente espera que isso possa ser consumado num espaço de tempo não superior a um ano.”

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