RIO DE JANEIRO - As variações dos preços dos grupos educação e alimentação foram as maiores responsáveis pela taxa de inflação de 0,49% em fevereiro, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Mesmo assim, o índice ainda foi menor do que o registrado em janeiro, de 0,54%.
Os dados, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o grupo educação concentrou alta de 3,47%, contribuindo com 0,24 ponto percentual para o IPCA. O grupo alimentação, mesmo registrando redução de 0,60% em fevereiro contra 1,52% em janeiro, contribuiu com 0,13 ponto percentual no índice.
“Esses dois grupos são responsáveis por 75% do resultado do IPCA do mês”, constatou a coordenadora de Índices de Preço do IBGE, Eulina Nunes. Ela explicou que o no início do ano, as escolas costumam reajustar as mensalidades.
A cidade de Fortaleza foi a única das 11 capitais pesquisadas que não apresentou aumento no grupo educação. Segundo Eulina Nunes, os colégios da capital cearense devem reajustar a mensalidade neste mês ou em abril. “O aumento ainda está por vir”, previu.
No grupo alimentação, pesou no IPCA o preço do feijão, que apesar da desaceleração de 14,02% de janeiro para 8,21% em fevereiro, continua alto.
Houve queda de 1% no preço da carne, podendo estar relacionado ao embargo europeu, que aumentou a oferta no mercado nacional, segundo a pesquisadora.
“Tanto é que as carnes tiveram uma variação não muito intensa, mas uma variação negativa de 1%. Provavelmente a exportação teve um efeito, além de este primeiro semestre ser período de safra de carnes”, explicou Eulina Nunes.
A economista citou também como responsável pela baixa da inflação, a queda no preço dos combustíveis. A gasolina, por exemplo, foi influenciada pelo preço do álcool, cujo litro passou a custar menos 1,42%.
Das regiões pesquisadas, Recife ficou com o maior índice de IPCA (1,23%). Registraram as menores variações Curitiba e São Paulo, 0,33% e 0,37, respectivamente.
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