Mundo

Estudante brasileiro escapa de atentado em Israel

Jornal da Globo

Atualizada em 27/03/2022 às 13h42

SÃO PAULO - Pela primeira vez em quatro anos, um terrorista árabe conseguiu atacar dentro de Jerusalém. Algumas centenas de tiros foram disparados dentro de um seminário judaico nesta quinta-feira (6). Os disparos interromperam uma cerimônia na biblioteca que reunia 80 estudantes. Houve pânico e histeria. A escola é uma das principais em sua especialidade em Jerusalém. O estudante brasileiro Gerson Eissen, de 20 anos, contou, por telefone, que escapou por pouco do atentado.

“Eu deveria estar no local onde tudo aconteceu. Eu deveria estar na biblioteca da escola estudando. Eu combinei com um amigo de comer uma pizza no bairro da escola e 20 minutos depois um amigo me liga contando dos atentados, pedindo pra evitar a área”, conta.

O tiroteio durou 10 minutos até que o atirador foi morto pela segurança. Ele portava um cinto-bomba que foi desativado enquanto dezenas de ambulâncias socorriam as vítimas do atentado, entre gritos de Morte aos Árabes de alguns israelenses.

Crise

O ataque veio três dias depois de Israel interromper uma operação que deixou 125 mortos na Faixa de Gaza, em sua maioria, civis, e que levou a Autoridade Palestina, que só mantém poder sobre a Cisjordânia, a suspender as negociações de paz com Israel.

Segundo as primeiras informações, o autor do massacre seria um árabe com documento israelense, residente no lado oriental de Jerusalém.

Por enquanto, nenhuma organização assumiu a autoria do atentado, mas o Hamás se apressou em elogiar o que aconteceu. Agências internacionais falaram em comemorações nas ruas da Faixa de Gaza que, mais tarde, foram confirmadas com imagens.

“Foi um ato heróico e não será o último”, ameaçou um porta-voz do Hamas islâmico se referindo ao ataque, que foi condenado pela Autoridade Palestina.

O presidente americano George W. Bush, que aposta em um acordo paz entre israelenses e palestinos até o fim deste ano, em seu mandato, classificou o atentado de "bárbaro e impiedoso" e disse ao primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, que os Estados Unidos apóiam Israel com firmeza. O conselho de segurança da ONU convocou uma reunião de emergência para analisar a situação no Oriente Médio.

Copiando uma tática do Hezbollah, um grupo radical palestino filmou um ataque com uma mina terrestre a um veículo militar israelense. O jipe blindado, muito utilizado pelos israelenses em conflitos de rua, passa pela mina numa estrada ao lado da Faixa de Gaza. A explosão matou um dos soldados israelenses a bordo. As imagens foram divulgadas pelo grupo palestino Salah El Dein, com músicas comemorando o ataque.

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