SÃO PAULO - O perigo da dengue não foi embora e ainda existe por todo o país. Foram mais de 500 mil casos registrados no ano passado e houve epidemia em alguns estados. No Rio de Janeiro, são mais de cinco mil casos neste ano de 2008.
Por enquanto, uma vacina ainda é um projeto de longo prazo – pelo menos, quatro anos. Os pesquisadores da Fiocruz trabalham para encontrar um tratamento para a dengue do tipo hemorrágico.
As seqüências de cores na tela revelam detalhes de algo que não pára de mudar: o vírus causador da dengue. São quatro tipos diferentes, que se apresentam com milhares de variações em mais de cem países. Só no Brasil, quase 560 mil casos da doença foram registrados no ano passado.
O pesquisador belga Nicolas Carels integra um grupo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que comparou quase três mil seqüências do vírus. Eles concluíram que o tipo 2, um dos que existem no Brasil, é o que mais apresenta diferenças.
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Tantas variações dificultam a busca de uma vacina para a doença, que só deverá estar disponível daqui a quatro anos. Segundo o pesquisador, por causa das mutações do vírus, a vacina terá que ser refeita periodicamente, a exemplo do que já ocorre com a usada contra a gripe.
“Temos que dominar a tecnologia aqui, porque o que vai acontecer, como no caso do vírus da gripe, vão aparecer subtipos do tipo 2, por exemplo, que estarão capazes de vencer a resistência da vacina”, explica o genetecista da Fiocruz, Nicolas Carels.
Outro grupo de pesquisadores da Fiocruz trabalha para conseguir um medicamento que evite a dengue hemorrágica, que pode matar. Eles testam plantas como a unha-de-gato, que seriam capazes de interromper proliferação no organismo das citoquinas, substâncias que causam as hemorragias.
A dengue hemorrágica pode ocorrer quando uma pessoa que já tenha tido a doença é infectada por um outro tipo do vírus. No ano passado, foram registrados 1.541 casos de dengue hemorrágica no país. Ao todo, 158 pessoas morreram.
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