Cidade tem muitos focos de dengue

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 13h46

SÃO LUÍS - Estudo da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) constatou que 2% dos domicílios de São Luís têm focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Isto significa que, dos aproximadamente 353 mil imóveis visitados por agentes da Vigilância Epidemiológica Municipal, em sete mil foram encontradas larvas do mosquito. Além disso, a pesquisa revela que 88% dos focos são caixas-d’água de residências.

A Semus dividiu os bairros em 32 áreas residenciais. Cada uma correspondeu a um universo entre 8.100 e 12 mil moradias. Pelo estudo, das 32 áreas estudadas, sete foram consideradas de alto risco de contaminação por dengue, 18 de médio risco e sete de baixo risco.

Ainda conforme o estudo da Semus, o Centro, Diamante, Vila Bessa e Goiabal são os bairros onde constatou-se os maiores índices de infestação da dengue. Nesses bairros, foram encontrados criadouros do mosquito em 5,2% das residências. Os bairros com o segundo maior índice de infestação de dengue são Vila Isabel Cafeteira, Aurora e Forquilha, onde foram detectadas larvas em 4,7% das residências. Na terceira colocação vêm o Planalto Turu, Vila Luisão e Sol e Mar, onde foram encontrados focos de dengue em 4% das residências.

O Parque Shalon, Vila Vitória, Porto Grande, Vila Itamar e Gapara tiveram baixo índice de infestação do mosquito Aedes aegypti. No Parque Shalon, foram recolhidas larvas do mosquito em apenas 0,7% das casas; na Vila Vitória, em apenas 0,3%; no Porto Grande, em 0,2%; e na Vila Itamar e Gapara, em 0,1% das moradias.

De acordo com o coordenador do Programa de Combate à Dengue em São Luís, Pedro Tavares, os números são preocupantes, mas servirão para uma intensificação das atividades de combate à doença na cidade. “O Ministério da Saúde toma como áreas seguras locais onde o índice de infestação é inferior a 1%. No nosso caso, estamos um pouco acima disso e isso é um problema porque qualquer descuido pode resultar na proliferação rápida da doença”, explicou Tavares.

A Secretaria Municipal de Saúde contratará mais 80 agentes para reforçar o contingente de 355 que já realiza o trabalho de combate à dengue. Será intensificado também o trabalho de nebulização espacial (carro fumacê) nos bairros onde houve muitas notificações. Serão utilizados 12 carros fumacê neste trabalho.

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Caixas-d’água

A pesquisa constatou que 88,8% dos focos de dengue encontrados em São Luís são caixas-d´água ou locais usados para armazenamento de água.

Entre os bairros onde todos os tanques de armazenamento de água tinham larvas do mosquito da dengue estão a Vila Mauro Fecury I, Vila Embratel, Bequimão, Ipase, Maranhão Novo, Radional, João de Deus, Pão de Açúcar e Novo Angelim. Nos bairros que tiveram o maior número de residências com focos de dengue, como Centro, Vila Bessa, Diamante e Goiabal, 86,4% dos tanques visitados tinham larvas.

Em apenas 33,3% dos tanques de armazenamento de água nos bairros Jardim Renascença e Parque Shalom foram encontrados focos de dengue. “Isso mostra que a população precisa fazer a sua parte e armazenar melhor a água. Sei que em São Luís temos problemas de rodízio de água, mas isso não significa que a população não possa trocá-la e limpar seus tanques constantemente (no máximo entre sete e sete dias) para evitar a proliferação do mosquito”, recomendou Tavares.

O aposentado Wilson Martins Sousa, de 83 anos, morador do bairro Diamante, um dos locais com maior índice de infestação do mosquito, disse que faz a sua parte para combater a dengue. De dois em dois dias, ele troca a água do tanque de sua casa, na rua João Luís, e ainda faz questão de esperar o agente de saúde para a aplicação do inseticida contra o mosquito Aedes aegypti. “Eu faço a minha parte, pena que outras pessoas não ajudem também. Mas eu estou com a minha consciência limpa”, assinalou ele.

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