SÃO LUÍS - Um dos cartões-postais de São Luís, a escultura do pescador, localizada na avenida Litorânea, na praia de São Marcos, completa hoje quatro anos de instalação. Enferrujada e abandonada pelo poder público, a escultura pode se tornar um perigo à segurança da população caso nenhuma conservação seja feita.
Criada pelo artista plástico Cordeiro do Maranhão, a escultura tem cinco metros de altura e 17 metros de extensão, pesando cerca de sete toneladas. “É muito triste ver uma obra abandonada assim, mas o que me preocupa é a falta de conservação. Recebendo salitre todos os dias, daqui a alguns anos a escultura pode cair, caso não haja uma recuperação periódica”, avisa Cordeiro, que nos últimos três anos fazia esse trabalho por conta própria. De acordo com ele, a recuperação da peça teria que ser feita por uma construtora, porque no estado em que ela se encontra deveria receber um novo jateamento de material náutico. A escultura é feita de metal galvanizado, pintura náutica e fibra de vidro.
Para algumas pessoas, o abandono é retrato do descaso com a arte na cidade. “Nos indigna ver esse descaso com o que é nosso, com o que é retrato da nossa cidade. Algumas pessoas lutam para criar e construir obras para a população e vêm outros e destroem ou esquecem”, reclama Jorge Boueres.
A obra também é depredada pela própria população. “Já vi gente batendo na peça com pedaço de madeira para ver de que é feita; vi também gente furando e pichando a base de cimento dela. Se as pessoas não cuidam, é difícil o poder público também cuidar”, reforça Cordeiro do Maranhão.
Os turistas mineiros Joaquim Calaes e Cláudia Andrade afirmam que o abandono prejudica bastante a imagem da cidade. “Essa obra é o portão de entrada da principal orla marítima de São Luís e está maltratada. O poder público poderia ter mais cuidado com esses pontos estratégicos, pelo menos”, disse Calaes.
“Esse descaso com uma grande obra de arte pública reflete que ninguém está valorizando a arte. Essa obra faz parte de um cenário lindíssimo, mas está enferrujada e esquecida. É triste ver isso abandonado assim”, declara Cláudia Andrade.
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