BRASÍLIA - O ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, afirmou hoje que a derrota do governo na votação da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) poderá atingir os repasses federais para Estados e municípios. "Os governadores não cuidaram bem dos seus senadores", criticou ele em entrevista, após participar da inauguração de uma nova agência da Previdência, em São Paulo.
Questionado se ele quis dizer que os governadores não se empenharam para convencer os senadores, Marinho desconversou: "Não sei. Os senadores representam os Estados, que recebem o repasse de recursos. Se hoje nós temos R$ 40 bilhões a menos, isso significa que Estados e municípios provavelmente receberão menos verba". O ministro negou que o fim da contribuição afetará a política de reajuste do salário mínimo. "Temos que dar continuidade ao modelo que está dando certo", afirmou.
Marinho manteve a projeção de equilíbrio nas contas do regime geral urbano da Previdência já em 2008. E negou que a perda de receita com a CPMF precipitará o debate sobre uma reforma da Previdência. "Esse assunto pressupõe um processo de debate de longo prazo", afirmou ele, ao lembrar que alguns países levarão até dez anos para adequar seus regimes previdenciários.
O ministro ressaltou que não existe nenhum caos nas contas da Previdência, "como alguns insistem em dizer". Segundo Marinho, o debate sobre a reforma será feito com a sociedade, respeitando o processo de transição demográfica pelo qual passa o País, a fim de ajustar os tempos de contribuição com a expectativa de vida da população.
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