RIO DE JANEIRO - A dengue atacou quase 500 mil brasileiros este ano. Para lembrar a população dos perigos da doença e da importância do combate ao mosquito transmissor, este sábado foi escolhido para ser o dia de mobilização nacional contra a dengue.
A mobilização parou a principal avenida de Belo Horizonte. Todos vestindo a camisa dos agentes da Vigilância Sanitária que vieram pra rua.
Na capital mineira o número de casos de dengue aumentou. Já é quase 700% maior do que no ano passado. “O que nos preocupa é o potencial da doença. É uma doença que se manifesta como gripe forte, mas pode ter a forma hemorrágica e ocorrer o óbito”, alerta Benedito Scaranci, da secretaria de Saúde de Minas Gerais.
Karina e o marido foram infectados ao mesmo tempo. Ela teve o tipo mais grave da doença.
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“A pessoa pode morrer em questão de dias - eu me lembro que os sintomas apareceram de manhã, à noite não conseguia levantar e no dia seguinte não conseguia nem mover na cama”, conta Karine Figueiredo, administradora de empresas.
Neste ano, em nove meses, foram registrados 481 mil casos de dengue no país. 121 pessoas morreram por causa da doença. E um outro dado também assusta: a maioria das vezes o foco do mosquito é encontrado dentro das casas.
É por isso que Maria Auxiliadora cuida, cuida, mas não sossega. “Eu me preocupo com os vizinhos, não sei se meu vizinho está cuidando, não sei se outro vizinho de baixo está cuidando”, afirma Maria Auxiliadora Barbosa, dona-de-casa.
Se é pra combater a doença, melhor conhecer o inimigo. E bem de perto. O laboratório foi montado no parque, pra todo mundo ver o ovo, a larva, o mosquito Aedes aegypti que se reproduz na água parada. Ver pra ninguém ter dúvida do que fazer. “Não deixar água parada, nem lixo jogado, pra não deixar o mosquito pousar”, ensina Matheus Henrique, de 8 anos.
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