Cientistas decifram genoma do mosquito da febre amarela e da dengue

Atualizada em 27/03/2022 às 14h02

MADRI - Um grupo internacional de cientistas decodificou hoje o genoma do mosquito transmissor da dengue e da febre amarela, doenças que matam cerca de 30 mil pessoas por ano na América do Sul e na África.

A descoberta oferece novas alternativas para ajudar a controlar a disseminação destas doenças, disseram à Efe os pesquisadores Horacio Naveira e Javier Costas, que participaram do estudo que decifrou as seqüências genéticas do mosquito Aedes aegypti.

Os resultados da pesquisa forma publicados na edição mais recente da revista "Science".

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O doutor Naveira disse que a dengue é uma doença comum na América do Sul, Sudeste Asiático, Índia, e África, com 50 milhões de casos ao ano. Cerca de 500 mil pessoas apresentam o tipo mais grave transmitido pelo mosquito, a dengue hemorrágica. A única forma de prevenir a doença é controlando a reprodução do vetor.

"A importância da decodificação do genoma do mosquito Aedes aegypti está no papel fundamental da espécie como transmissora dos vírus causadores da dengue e febre amarela", disse o cientista.

"Os genes que formam (o genoma) poderão ser identificados e será possível atribuir a eles uma função concreta. Se pudermos identificar os genes envolvidos na transmissão do patógeno que causa uma doença, poderemos enfrentá-lo com mais eficácia, por exemplo, tentando aumentar, nas povoações, o número de mosquitos com determinadas variações genéticas", concluiu.

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