SÃO PAULO - O controle dos medicamentos de tarja preta, que causam dependência química, vai mudar. Para isso, o governo lançou hoje (3) o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados. Uma iniciativa que pretende tirar o Brasil da situação de recordista mundial no consumo de remédios como os moderadores de apetite.
Os remédios controlados, aqueles que só são vendidos com receita médica, entre eles os anorexígenos usados para o emagrecimento, são armazenados separadamente com segurança reforçada nas farmácias. As vendas são registradas pelo farmacêutico em um formulário que depois é encaminhado para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O controle é feito porque o Brasil consome muito esse tipo de medicamento. Levantamento da Secretaria Nacional Anti-Drogas mostra que de 2001 a 2005 o consumo cresceu mais de 100%.
No Brasil existem dois problemas: a venda clandestina sem receita desse tipo de medicamento; e a conduta dos médicos, que muitas vezes prescrevem os remédios de forma exagerada e em altas doses. Distorções que fizeram com que a Anvisa mudasse a forma de controle.
Sistema informatizado
Todas as farmácias e drogarias vão fazer parte de um sistema informatizado com os dados sobre a venda e o consumo de medicamentos controlados. Os relatórios terão de ser encaminhados toda semana e não mais a cada três meses. E, em vez de serem preenchidos manualmente, vão ser enviados por e-mail.
O presidente da Anvisa, Dirceu Raposo, explica que os farmacêuticos terão de responder quem foi o médico que prescreveu, quem comprou e quantas doses: “Esse é um passo importante para nós caminharmos no sentido de promover o uso racional, promover o consumo mais adequado e no futuro produzir outros produtos nesta base de controle. Os antibióticos, por exemplo, poderão com o tempo migrar para esse sistema.”
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