SÃO LUÍS - O ex-presidente do STJ e candidato derrotado ao Governo do Maranhão, Edison Vidigal (PSB), está sendo acusado de promover "calote" em fornecedores e prestadores de serviço de sua campanha.
Segundo o blog do jornalista Décio Sá, desde o início da semana, a dívida do socialista na praça chega a cerca de R$ 800 mil. Só com a gráfica Unigraf essa conta passa dos R$ 300 mil. O débito inclui ainda aluguel de carros de som, restaurantes e hotéis.
A maior revolta dos fornecedores que trabalharam na campanha é que o ministro aposentado faz de conta que o caso não é com ele quando alguém o procura para falar do assunto.
"Não sei se isso é um surto antiético, mas a verdade é que o Vidigal abandonou os amigos e faz de conta que não é com ele. Ele não paga e não atende ninguém", disse uma fonte do blog.
Ela conta que os mais prejudicados com a situação são os ex-coordenadores Airton Abreu, Milton Calado e um ex-diretor da Cemar conhecido por Zeca. São eles que são cobrados pelos fornecedores, mas ao procurarem Vidigal, este se faz de desentendido.
O informante, que pediu para não ser identificado, analisa que esses coordenadores empenharam seus nomes na praça - já que Vidigal é um ilustre desconhecido no Maranhão - e ainda ficaram desempregados.
"O Airton era secretário de Turismo. O ex-deputado Milton Calado era subchefe da Casa Civil, mas o Vidigal só brigou por cargo no governo para sua mulher Eurídice. Até a Teresinha Fernandes, sua vice, se viabilizou pelo PT. A gente cobra essas pessoas - que é com quem negociávamos - e percebe que eles estão revoltados e pertos de estourar", informa a fonte.
E completa: "Estamos diante de um impasse: ele não paga e não atende ninguém. Esse débito não é nosso, é dele". A fonte confirma que os marqueteiros importados da Pública foram os únicos que não pegaram calote na campanha do PSB.
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