SÃO LUÍS - O senador José Sarney reafirmou ontem sua decisão de confirmar na Justiça todas as afirmações que fez a respeito do governador José Reinaldo Tavares em crônica publicada na 1ª página de O Estado, na edição de 1º de outubro. Sarney repeliu a falsa notícia de que teria recuado no seu propósito e confirmou que pedirá a exceção da verdade para provar o que definiu como crimes praticados pelo chefe do Executivo. “Esse pedido será feito na oportunidade devida”, declarou o senador.
Dia 22 de novembro, o governador José Reinaldo protocolou no Supremo Tribunal Federal interpelação judicial para que o senador José Sarney provasse o que afirmara em sua crônica. Tão logo tomou conhecimento da iniciativa do governador, Sarney declarou que aproveitará a própria interpelação para, por meio de um pedido de exceção da verdade, poder provar o que escreveu.
No fim da semana, nota plantada por agentes governistas num jornal de São Luís alinhado ao governo insinuou que o senador José Sarney teria se valido das prerrogativas do mandato para não responder à interpelação. Mentirosa em sua própria essência, a nota não apresenta um dado concreto para fundamentar a acusação, podendo também ser motivo de ação judicial.
Petição
O senador afirma estar firmemente determinado a provar na Justiça o que escreveu na crônica que inspirou a interpelação. “Jamais recuarei. Vou pedir a exceção da verdade, para provar o que afirmei. Será uma boa oportunidade para mostrar o que aconteceu no Maranhão nos últimos quatro anos”, declarou ele, ontem.
Na petição nº 3.793-6, que protocolou no Supremo Tribunal Federal e que teve como relator o ministro Gilmar Mendes, Sarney em momento algum recua na sua posição em relação ao governador José Reinaldo. Ao contrário, invoca sua condição de senador para reafirmar sua legitimidade, e confirma sua disposição de provar tudo o que disse ao pedir a exceção da verdade.
O senador diz o seguinte na petição: “É ridícula a expressão utilizada pelo interpelante (José Reinaldo) no sentido de que como o interpelado (José Sarney) é senador pelo Estado do Amapá, não poderia tratar de política no Estado do Maranhão, como se todas as manifestações de um senador da República tivessem, obrigatoriamente, de ser relativas ao Estado que representa”.
E prossegue: “As afirmações feitas pelo interpelado explicam-se por si próprias, sendo o país testemunha da ignomínia perpetrada pelo interpelante, tendo sido publicado pela Revista Poder, em artigo de capa, como o atual governador do Estado do Maranhão é o mais corrupto do Brasil.
E caso o próprio interpelante promova ação criminal contra o interpelado, como informa em sua petição inicial, o interpelado pedirá, na oportunidade devida, a exceção da verdade, para provar o crime praticado pelo interpelante contra o erário público”.
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