Sindicato discorda com contratação temporária de professores pelo Governo do Estado

O Governo pretende contratar 4.987 professores temporários para o ano letivo, que tem início em março.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 14h27

SÃO LUÍS - O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinprosemma) discorda da forma como o Governo do Estado pretende contratar 4.987 professores temporários para o ano letivo, que começa em março.

Diretores da entidade deverão reapresentar a proposta de que as contratações sejam feitas dentre os excedentes do concurso realizado em 2005 e recentemente homologado, na ordem de sua classificação. Nos locais em que a quantidade de excedentes não seja suficiente, o sindicato propõe a realização de seletivo com provas objetivas, ao invés da simples avaliação de título. Também vai insistir que o governo apresente projeto de lei criando as vagas para efetivação dos excedentes.

Essas propostas já haviam sido apresentadas pelo Sinproesemma ao Secretário de Educação, Edson Nascimento, e ao chefe da Casa Civil, Lourenço Vieira da Silva, durante contato com o governo.

O secretário Edson Nascimento prometeu, então, que as contratações temporárias seriam efetuadas dentre os excedentes. No entanto, no fim de semana, o governo divulgou que a forma de selecionar os professores será pela avaliação de títulos, ao mesmo tempo, que dar a entender que dirigentes do sindicato concordaria com a proposta.

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Apesar das reclamações do Sinproesemma, tornou-se prática periódica a contratação temporária de professores para atender às necessidades crescentes da rede estadual de ensino. Em 2004, levantamento do sindicato mostrou que havia necessidade de concurso público para mais de seis mil professores. Essa demanda foi apresentada à Promotoria de Educação, que fez com que o governo assinasse termo de ajustamento de conduta comprometendo-se a realizar concurso. Este, no entanto, só abriu 1.500 vagas para professores e 300 especialistas.

Agora, um dia após anunciar a homologação do resultado do concurso de 2005, o governo diz que contratará quase cinco mil novos professores, através da avaliação de títulos. No ano passado, medida semelhante provocou atraso no ano letivo e uma série de denúncias de contratações irregulares, por meio de indicações dos políticos ligados às gerências regionais. Em Rosário, por exemplo, um parente do deputado José Lima (PSB) foi admitido para ministrar aulas no Ensino Médio logo após ter concluído curso igual naquela cidade.

“Tememos que isso volte a se repetir, principalmente porque 2006 é um ano eleitoral e os candidatos deverão se aproveitar disso” prevê o presidente do Sinproesemma, professor Odair José.

Com as informações a Assessoria do Sinprosemma.

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