SÃO LUÍS - O governador José Reinaldo Tavares (PSB), o ex-prefeito de São Luís, Jackson Lago (PDT) e o deputado federal João Castelo (PSDB), reuniram-se ontem em Brasília para discutir o futuro da “Frente de Libertação do Maranhão”.
José Reinaldo exibiu aos dois postulantes da vaga de candidato à sua sucessão as últimas pesquisas sobre a corrida sucessória no Maranhão. Também participaram da reunião os marqueteiros da agência Pública Comunicação, que orientaram José Reinaldo a procurar outro nome para disputa, excluindo Jackson e Castelo.
Aliados dos três políticos passaram todo o dia de ontem sem maiores informações sobre o encontro. Mas deixaram claro o objetivo de cada um na reunião: José Reinaldo iria mostrar a Jackson Lago a inviabilidade eleitoral da candidatura do pedetista ao governo e tentar convencê-lo a apoiar um “nome novo”, como orientaram os donos da agência responsável pela pesquisa.
Jackson, por sua vez, também segundo seus aliados, iria dizer ao governador que será candidato de qualquer maneira, com ou sem “frente”. A presença do tucano Castelo era proforma, uma vez que ele próprio já não tem maiores pretensões no grupo “liderado” por José Reinaldo.
A frente “liderada” por José Reinaldo começou a ruir na semana passada, quando o governador esteve com um grupo, em Brasília, para analisar a pesquisa.
Participaram da reunião o presidente da Famem, Cleomar Tema Cunha (PSB), e o prefeito de Caxias, Humberto Coutinho (PTB). O governador foi informado pelos seus marqueteiros da inviabilidade eleitoral de qualquer um dos candidatos da “frente” - o próprio Jackson Lago, principalmente por sua altíssima rejeição, e mais João Castelo, João Evangelista e Tadeu Palácio.
E orientaram José Reinaldo a lançar um nome novo, com respeito público e chances de crescer ao longo da campanha.
Ainda na semana passada, Jackson Lago soube da reunião de José Reinaldo em Brasília e da intenção do governador descartar sua candidatura. Numa tentativa de resposta, forçou um fato político durante a reunião com o PT, agendada desde dezembro.
O objetivo, articulado de última hora com o presidente estadual do PT, Domingos Dutra, era fazer o lançamento do seu nome, com o apoio dos petistas, o que, acreditava, tornaria sua candidatura irreversível.
A jogada não deu certo por dois motivos: setores do PT não vêem com bons olhos a aliança com o PDT e os partidos ainda têm que aguardar as discussões sobre a verticalização das coligações, no Congresso e no Tribunal Superior Eleitoral.
Só após o fracasso da reunião com o PT Jackson Lago aceitou voltar a conversar com José Reinaldo.
Mas, antes de viajar para Brasília, mandou sua tropa de choque espalhar na imprensa aliada que era o candidato do PDT em qualquer circunstância. Resta saber o que ouviu do governador, em Brasília.
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