Crescimento é melhor que Plano Real, mas esbarra em política monetária severa, diz diretor do BNDES

Alana Gandra - Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 14h37

BRASÍLIA – O diretor da Área de Planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Antonio Barros de Castro, afirmou que o único ciclo de crescimento maior do que o atual ocorreu no país entre setembro de 1992 e fevereiro de 1995.

Mas, segundo ele, "foi artificialmente estendido pelo êxito do Plano Real ao ser lançado e pela farra fiscal que acompanhou o lançamento do plano".

Barros de Castro afiançou que isso não acontece com o atual ciclo. "Muito pelo contrário. Ele vem sendo em certa medida contido por uma política monetária extremamente severa e uma política fiscal igualmente muito severa". Barros de Castro disse que o atual ciclo já é o segundo maior em extensão.

Sublinhou que não há no horizonte nenhum grande problema a esse crescimento. O diretor do BNDES indicou que o crescimento entre 3,5% a 4% projetado para o PIB este ano é uma espécie de piso.

"Ninguém mais está aceitando 3,5% a 4%. Ainda que sustentável, já não satisfaz. Já começa a ser visto como um mínimo". Acrescentou que a indagação que se faz a partir de agora é como ir além desse piso.

Para o vice-presidente do Banco, Demian Fiocca, a avaliação é que o país está numa situação favorável. Não há o risco de perda desse crescimento". O que existe, segundo Fiocca, "é o desafio de passar do bom para o ótimo", ou seja, "melhorar em relação a uma situação que não é ruim".

Mantega participou hoje de uma reunião com presidentes de Federações de Indústrias dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

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