Santa Efigênia em situação precária

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h50

SÃO LUÍS - Esgoto a céu aberto, ruas sem pavimentação e segurança precária, são alguns dos problemas que afligem a comunidade do bairro Santa Efigênia, próximo à Cidade Operária. Por conta das chuvas e do acúmulo de água, até dificuldade de se deslocar pelo bairro os moradores estão encontrando. Apesar dos apelos, a comunidade afirma que não há respostas por parte do Poder Público.

Até ano passado, nem água encanada era oferecida aos moradores. A perfuração de um poço artesiano pela Caema foi bastante comemorada pela população local. “Graças a Deus, a Caema resolveu olhar para a gente e agora temos água. Antes, andávamos quilômetros para encontrar”, contou Maria de Jesus Silva, que mora no bairro há cerca de cinco anos.

A maior preocupação da comunidade hoje é com a grande quantidade de esgotos abertos, jorrando água contaminada e fétida pelas ruas, pondo em risco a saúde de todos, sobretudo das crianças, que normalmente são os mais afetados com os problemas decorrentes da falta de saneamento.

“Nossas crianças adoecem muito. Têm problemas de verme e coceira pelo corpo. Isso tudo se deve ao contato delas com a água suja, cheia de fezes, que escorre por aqui”, acrescentou Maria de Jesus Silva.

Travessa

Uma das ruas mais afetadas é a travessa São José. O local é cheio de mato e areia. Além disso, o terreno é todo irregular. Para andar pela via em dias de chuva, precisa ter muita sorte ou fazer acrobacias. “Muitas vezes em desisto de sair de casa quando chove. É arriscado até acontecer um acidente”, revelou a estudante Rafaela Suelani Viana, 23.

A também estudante Mariana Kely Silveira, 18, fez questão de chamar a atenção para a onda de violência que toma conta do Santa Efigênia. “Os moradores têm de ficar presos em suas casas porque até briga de gangue nós presenciamos aqui no bairro”.

Ela lembrou, que no caso de uma emergência, a delegacia mais próxima fica na Cidade Operária, bem como o Batalhão da Polícia Militar. “Temos que entrar em casa no máximo às 22h. Para completar muitos postes estão sem energia”, ressaltou ela, acrescentando que a gangue de pixadores que age no bairro deixa o local mais feio e sujo.

“Eles não dispensam nada. A Casa das Irmãs da Divina Providência, na travessa São José, é um exemplo disso”.

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