SÃO LUÍS - O ex-deputado estadual José Gerardo de Abreu prestou depoimento nesta quinta-feira, 10, na 2ª Vara Criminal, do Fórum Desembargador Sarney Costa, no processo que apura o assassinato do estudante José Antônio Penha Brito Júnior, na época com 13 anos. O crime ocorreu em 19 de junho de 1988.
Prestaram depoimento, também, José Rodrigues, o Zé Júlio, e Airton Godin Feitosa. O médico legista Badan Palhares, o quarto indiciado no processo, será ouvido em Campinas, por meio de Carta Precatória, em data ainda a ser definida.
Interrogatório
O comerciante e contador Airton Gondin Feitosa e José Rodrigues da Silva, o Zé Júlio, foram os primeiros a chegar ao Fórum. Gondim é acusado de falsidade ideológica, formação de quadrilha e homicídio qualificado. Veio acompanhado da mulher e durante o depoimento disse que nunca teve contato com os outros acusados. Gondim declarou que estaria sendo vítima de uma armação.
Zé Júlio, também acusado de envolvimento no sequestro e morte de Brito Júnior, negou qualquer participação no crime. Ele disse que só conheceu o ex-deputado José Gerardo na época do CPI do Crime Organizado e negou ter matado Brito Júnior a mando de Gerardo. Depois de ser ouido pelo juiz da 2ª Vara Criminal, José Joaquim dos Anjos, Zé Júlio saiu da sala algemado.
Escoltado pela polícia e com aparência abatida, José Gerardo foi o último a chegar. De acordo com as investigações, o ex-deputado seria o mandante do crime. Brito Júnior teria sido morto depois do pai dele, o gerente do Banco do Brasil, na época do crime, não ter liberado um empréstimo a José Gerardo. No depoimento, ele admitiu ter pedido o empréstimo ao banco. Mas afirma não ter tido nenhum contato com José Antonio Penha Brito, pai da vítima.
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