SÃO LUÍS - Está marcada para o dia 10 de fevereiro, no Fórum Desembargador Sarney Costa, a audiência de interrogatório dos acusados pela morte do estudante José Antônio Penha Brito, crime ocorrido em 19 de junho de 1988.
O ex-deputado José Gerardo de Abreu, José Rodrigues, o Zé Júlio, e Airton Godin Feitosa serão ouvidos em São Luís, enquanto o médico legista Fortunato Badan Palhares será ouvido por meio de Carta Precatória, em Campinas/SP. O inquérito foi concluído no final do ano passado pela delegada Katherine Chaves, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), com o indiciamento dos envolvidos.
Concordando com o inquérito policial, o representante do Ministério Público, promotor de Justiça Ronald Pereira, denunciou a todos por formação de quadrilha, entre outros crimes. O juiz, após apreciar os autos, instaurou o processo, marcando a data do interrogatório.
José Gerardo de Abreu foi denunciado pelo seqüestro de Brito Júnior, que na época tinha apenas 13 anos, por homicídio qualificado por motivo torpe, por ter ordenado sua execução, pelo fato da negativa de um empréstimo na agência bancária onde o pai do menino trabalhava como gerente de crédito. Ele responderá, também, por formação de quadrilha para fim de crime hediondo.
Zé Júlio, preso desde 2000, acusado da execução do delegado Stênio Mendonça, foi denunciado como executor de Brito Júnior e Airton Gondin por participação no seqüestro e homicídio, uma vez que, apesar de ter conhecimento do fato, não o impediu ou denunciou.
O médico legista Badan Palhares foi denunciado por falsidade ideológica, formação de quadrilha e fraude processual, por ter emitido laudo falso atestando como sendo de Brito Júnior, uma outra ossada.
No dia 10 de fevereiro, José Gerardo, Zé Júlio e Airton Godin devem comparecer ao fórum para serem interrogados, enquanto Badan Palhares será ouvido em Campinas, São Paulo, onde trabalha.
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