IBGE: vendas no comércio crescem pelo décimo mês seguido

Globo Online

Atualizada em 27/03/2022 às 14h56

RIO - As vendas no comércio cresceram 8,87% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, no décimo mês seguido de alta, informou nesta quarta-feira o IBGE. Em agosto, a alta fora de 7,53%. A taxa acumula no ano alta de 9,32% e em 12 meses, de 6,72%.

Na avaliação do técnico da coordenação de Comércio do IBGE Nilo Macedo, as vendas de setembro começaram a sentir os efeitos da recuperação da renda e do emprego. Por outro lado, as condições favoráveis de crédito diminuíram seus impactos sobre o crescimento das vendas.

- As atividades ligadas à renda, como supermercados e combustíveis, melhoraram seu desempenho. Aquelas mais dependentes do crédito desaceleraram, como móveis e eletrodomésticos. Até o primeiro semestre, o crédito era um fator preponderante para o crescimento do varejo. Agora, existe a renda - afirmou.

O crédito, devido às taxas de juros mais baixas e ao maior número de parcelas, iniciou a recuperação do setor no final do ano passado. Para Macedo, o crédito está estimulando menos as vendas do comércio porque existe um limite no endividamento dos consumidores. Por isso, afirma, as perspectivas são de crescimento mais moderado, uma vez que a recuperação da renda e da massa salarial é lenta.

Mesmo com a eventual continuidade da trajetória de alta nos juros pelo Banco Central, Macedo afirma que haverá crescimento das vendas até o final do ano.

A continuação da alta dos juros deve afetar os bens duráveis (carros e eletrodomésticos), mas não vai afetar o crescimento para este ano, porque o final do ano é uma época propícia para as vendas - completou.

Os supermercados e hipermercados venderam 9,69% a mais em setembro deste ano em relação a setembro de 2003 - uma aceleração quando se compara com a alta de 4,25% apurada em agosto. Já o segmento de móveis e eletrodomésticos, mais sensível ao crédito, desacelerou de 28,81% em agosto para 20,32% em setembro.

Segundo o a pesquisa, houve crescimento nas vendas em 25 das 27 Unidades da Federação no mês. As principais contribuições para o índice nacional vieram de São Paulo (8,79%), Minas Gerais (9,55%), Rio Grande do Sul (8,38%) e Rio de Janeiro (5,68%). Apenas Roraima e Piauí registraram redução nas vendas, de 2,14% e de 1,27%, respectivamente.

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