Depoimentos confirmam exploração sexual de menores em Imperatriz

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 15h12

SÃO LUÍS - A CPI que investiga casos de abuso e exploraçõa sexual de menores no Estado ouviu na terça-feira, dia 11, as mães de duas menores envolvidas na exploração sexual de crianças e adolescentes no Maranhão. Durante o depoimento, foi descoberto que na segunda-feira passada as menores iriam tirar “retratos” para a aquisição de passaportes e embarcar para o exterior, o que, segundo o deputado César Pires, é uma prova clara de que há um agenciamento de menores daqui para o exterior.

As mães, e em seguida as duas menores envolvidas, denunciaram o envolvimento de pessoas como Nazaré, Rebeca, Helma (mãe e filha) e Aline. Segundo informações das menores, Rebeca era quem as mantinha em cárcere privado, quando elas eram obrigadas a pagar a quantia de R$ 10,00 se quisessem sair para simplesmente ir ao um supermercado. Pagavam para sair com o “cliente”, pagavam alimentação, bebiam e às vezes eram até agredidas.

As menores citaram um “magnata” e apontaram os nomes de um professor, um policial e um cabeleireiro. O último teria chegado a agredir as menores porque uma delas não quis fazer programa com por estar “doente”.

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Disseram que, com a Nazaré e a filha, Helma, recebiam R$ 50,00 por programa e que Helma recebia R$ 100,00 por agenciar. Do valor recebido, quando o programa era feito na casa das agenciadoras, tinham que pagar a cama com valores de R$ 10,00 e R$ 5,00.

Nesta quarta-feira, dia 12, devem depor pessoas envolvidas em casos de abuso sexual nos municípios de Açailândia, Itinga e Imperatriz.

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