A Universidade de São Paulo anunciou o primeiro estudo brasileiro de identificação de usuários de cocaína pela análise de unhas. O trabalho foi desenvolvido pela farmacêutica Simone Valente Campos.
Diferente da amostragem de urina, o teste feito com a unha permite a verificação do uso da droga a longo prazo, servindo de base para investigações judiciais, sinalização para cuidados médicos com bebês de dependentes químicos e averiguação em empresas.
Segundo a pesquisadora, a identificação de usuários por meio de exames é considerada uma forma de delação, e essa visão precisa mudar.
Acreditando que o teste deverá servir para tratar, e não para punir, Simone estudou a concentração de cocaína em unha de usuários.
A técnica pode substituir a amostragem de cabelo quando houver quantidade insuficiente, no caso de recém-nascidos contaminados na gravidez, ou em análise de cadáveres em estado de decomposição.
A diferença entre os dois materiais e a urina é que nesta última só se constata a presença da substância em uso recente, explicou Simone.
Assim como o cabelo, a unha incorpora os agentes químicos quando está se formando e cresce com junto com as substâncias em sua composição.
A unha cresce aproximadamente três milímetros por mês, o que quer dizer que a cocaína consumida, que entra na formação do tecido, em três meses estará na ponta.
Por isso, a coleta da ponta da unha identifica o uso em um longo período de tempo.
A denotação de cocaína em mães de recém-nascidos auxilia nos cuidados com o bebê, sobretudo de como evitar a amamentação com leite contaminado.
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