Ao contrário do clima conturbado que marcou o primeiro turno das eleições em São Luís, a votação no segundo turno transcorreu na mais pura tranqüilidade. Com o dever de escolher apenas o presidente, os eleitores demoraram, em média, 30 segundos na urna eletrônica. A presença de filas foi observada somente em alguns postos de justificativa, já que muitos eleitores optaram por não viajar aos seus domicílios eleitorais para votar.
Em algumas áreas da cidade nem parecia que era dia de eleição. Muitas ruas permaneciam desertas e os ônibus trafegavam com poucos passageiros. Uma das raras exceções foi a rua do Egito, onde está situado o Colégio Santa Teresa, que teve movimentação intensa de eleitores pela manhã e à tarde. Lá, as filas começaram a se formar antes mesmo do início da votação. A maioria dos eleitores que compareceram logo cedo às seções alegou que a atitude fora tomada por causa de compromissos que teriam que cumprir no restante do dia. “Hoje irei visitar alguns parentes e por isso vim votar logo no início da manhã”, justificou o motorista Leônidas Corrêa, que votou no Colégio Santa Teresa.
Outra situação bastante observada logo na abertura das seções foi a presença de eleitores que aproveitavam uma pausa no serviço ou término do horário de plantão para cumprir o dever do voto. “Estou de plantão o dia todo no Fórum Eleitoral, por isso vim logo cedo votar”, explicou o soldado da Polícia Militar, João da Cruz Galvão, que votou na Unidade Escolar Estado de Mato Grosso, na Forquilha.
A enfermeira Rose Silva também já estava na fila antes da abertura do portão que dava acesso à sua seção, no Santa Teresa. “Saí do trabalho direto para votar porque quero dormir o resto do dia”.
Rapidez – Uma outra diferença marcante entre os dois turnos da eleição foi a rapidez com que os eleitores concluíram a votação na urna eletrônica, cuja média de tempo foi de aproximadamente 30 segundos. “Não existe mais aquela dificuldade que muitos tiveram no primeiro turno. Por isso é que o processo está transcorrendo com tamanha agilidade”, comentou Edmar Pessoa, coordenador das seções eleitorais instaladas na Unidade Escolar Estado de Mato Grosso, na Forquilha.
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Jamil Gedeon, também considerou tranqüila a votação de segundo turno na capital. “Alguns fatores, entre eles a disputa apenas para presidente, contribuíram para que tivéssemos uma votação tranqüila em São Luís”, assinalou Gedeon.
Muito menos tensos por conta da rapidez do processo, os eleitores fizeram questão de destacar a tranqüilidade da votação. “O clima do segundo turno não parece nem de longe com o do primeiro, que foi bastante conturbado”, ressaltou a estudante Mônica Martins, que votou no Cema da Cohab. “Hoje ninguém vai perder o dia na fila só para votar”, arrematou o pedreiro José de Ribamar Guedes, que votou na mesma escola.
Encerramento – A calmaria na movimentação de eleitores rumo às urnas não foi alterada nem mesmo nos minutos finais que antecederam o encerramento das eleições na capital. Em cada seção eleitoral os trabalhos dos mesários foram considerados acima do normal se comparado com o primeiro turno, no qual imperaram as tumultuadas e quilométricas filas nos postos de votação.
Segundo o eleitor João Batista da Silva, não houve qualquer atraso na hora de votar na urna eletrônica. Ele declarou que diferente da primeira votação, tudo transcorreu dentro do previsto. O eleitor disse que preferiu votar no período da tarde por entender que não havia motivos para se apressar na escolha de seu candidato, já que o voto seria unicamente para presidente da República. “Não tive qualquer complicação na hora de digitar o número do meu candidato”, ressaltou João Batista.
A dona de casa Alba Santos comentou que o segundo turno nem se comparou com o primeiro. Ela afirmou que na votação anterior foi obrigada a permanecer numa extensa fila e, desta vez, chegou e foi logo atendida. “Não demorei nada para votar, foi tudo muito ótimo”, enfatizou a eleitora.
O aposentado Alfredo Ribeiro disse que fez questão de votar neste segundo turno, já que no turno anterior deixou de votar por conta da tumultuada situação em sua seção eleitoral. Para ele, neste segundo momento a realidade foi bem diferente. “Não percebi a mesma indignação manifestada anteriormente pelos eleitores, pelo menos na minha seção”, complementou o aposentado.
Policiais Militares espalhados pela cidade foram unânimes em dizer que não houve incidentes graves semelhantes ao primeiro turno. Eles confirmaram que as eleições se encerraram na capital sem confusão com militantes políticos de ambos os candidatos, pois todos souberam respeitar as normas estabelecidas pela Justiça Eleitoral para evitar a tradicional boca-de-urna.
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