Brasil redemocratizado escolhe domingo seu quarto presidente

Além de escolher o Presidente da República, eleitores de 13 Estados e do Distrito Federal também irão definir seus governadores.

Atualizada em 27/03/2022 às 15h27

Cerca de 115 milhões de brasileiros participam, neste domingo, de um momento histórico para a consolidação da democracia no País.

Os eleitores brasileiros vão escolher o quarto presidente desde a redemocratização e o primeiro, nos últimos 42 anos, que irá receber a faixa de seu antecessor, já que todos os outros o fizeram em condições não rotineiras.

Para quem Fernando Henrique Cardoso irá transmitir o cargo - se a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou José Serra (PSDB) - saberemos amanhã, promete o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ao que tudo indica a escolha recairá sobre o petista, que tem em torno de 60% das intenções de votos, segundo as pesquisas, e deve vencer com folga.

Além da eleição do novo presidente, neste 2º turno, os eleitores de treze Estados e do Distrito Federal também irão definir seus governadores. São eles: São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Nos demais, a disputa foi definida no dia seis de outubro e a eleição será apenas para presidente.

Apesar de o número de candidatos ter diminuído nesta fase da campanha, a estrutura montada pelo TSE para a realização do pleito continuará a mesma oferecida no 1º turno: com urnas eletrônicas em

todas as seções do País, que só serão substituídas pelas velhas cédulas de papel em caso de defeito ou dificuldade do eleitor.

A expectativa é a de que, com isso, o eleitor gaste um tempo bem menor para votar, o que deve evitar longas filas como as que se formaram no 1º turno.

Este, aliás, foi um dos maiores problemas verificados pelo TSE e só deve se repetir nos locais onde se está testando as urnas

eletrônicas, como Sergipe e o Distrito Federal.

Isso porque muitas urnas com módulo impresso tiveram problemas, acima da média das que não possuíam o dispositivo. Já se estuda para a próxima eleição a extinção deste

equipamento. Mas isso depende de votação no Congresso Nacional.

O tamanho das filas pode ter motivado os eleitores da Região Nordeste a anularem seus votos. Foi no Maranhão onde se registrou o maior índice de votos nulos, 16,54%. Na Bahia, verificou-se uma abstenção de 25,31%.

A vantagem da urna é que o resultado da eleição deve ser conhecido em pouco tempo. A previsão do TSE é que 90% dos votos estejam apurados até a meia noite deste domingo.

O resultado final deve sair na madrugada. No 1º turno, entretanto, a expectativa de apuração ágil foi frustrada e o resultado oficial só foi conhecido na quarta-feira, ou seja, três dias depois do pleito. A diplomação, entretanto, deve ser feita até 19 de dezembro.

Mesmo com o término da eleição neste domingo, os candidatos ainda não estarão livres da justiça eleitoral.

Os presidenciáveis Ciro Gomes (PPS)

e Antonhy Garotinho (PSB) - que não passaram para o 2º turno - têm até o dia cinco de novembro para apresentar suas contas de campanha.

Já Serra e Lula terão até o dia 26 de janeiro.

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