Apesar de serem maioria no eleitorado brasileiro, as mulheres ainda não conseguiram ampliar sua participação na política.
Atualmente, elas representam apenas 6% do total de parlamentares no Congresso Nacional.
A Região Nordeste destaca-se como a que menos tem representantes no parlamento, apenas 2,2% do total.
Em cinco estados nordestinos - Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Piauí - não há nenhuma deputada ou senadora.
Esta realidade não deve mudar com as eleições deste ano.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 14% dos postulantes são mulheres, contra 89,5% de homens.
No Nordeste - que tem o maior eleitorado feminino do País - o número de candidatas para as vagas em disputa no pleito de outubro está abaixo da média nacional. São apenas 12,8%.
A Região tem o menor número do País de mulheres disputando uma vaga no Executivo estadual (10,6%) e na Câmara Federal (10,4%).
Para o Senado o índice também é baixo, 11,2%, assim como para a Assembléia Legislativa (13,7%).
Na Bahia - que concentra a maior parte do eleitorado da Região - somente cinco mulheres postulam uma cadeira na Câmara Federal, o que representa 3,16% do total.
Nas eleições de 1998, o Estado teve dez candidatas, mas nenhuma foi eleita. É no Ceará que está o maior número de candidatas a deputada federal, são 22, 14,19% do total.
Apesar disso, há ainda uma grande distorção, já que os homens representam 85,81% do total de candidatos.
Nos demais estados o número de mulheres concorrendo à Câmara é o seguinte: Alagoas (15), Maranhão (15), Paraíba (7), Pernambuco (18), Piauí (8), Rio Grande do Norte (15), Sergipe (11).
Na avaliação da diretora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), Almira Rodrigues, esta distorção acontece porque, apesar da lei das cotas - que obriga a reserva de no mínimo 30% das vagas para homens ou mulheres - os partidos não "estão entendendo a importância da participação das mulheres na política".
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