História natural

São José de Ribamar terá um museu de arqueologia

A ideia partiu das descobertas de vestígios de um povo que viveu no local há seis mil anos a.C.

Imirante, com informações da Prefeitura de S.J.R.

Atualizada em 27/03/2022 às 12h43

SÃO JOSÉ DE RIBAMAR - A cidade de São José de Ribamar terá um Museu de Arqueologia, com a história de vários povos que viveram no município e em outros do Estado. A instalação do museu começou a ser discutida, na última sexta-feira (14), em uma reunião entre a prefeitura, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Maranhão (Iphan) e Advocacia Geral da União (AGU).

Também participou do encontro o arqueólogo Arkley Bandeira, da Universidade de São Paulo, representantes da Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Federal e secretários municipais.

A ideia de instalar um Museu de Arqueologia na cidade balneária surgiu do fato de São José de Ribamar abrigar um importante sítio arqueológico em Panaquatira. O Sambaqui de Panaquatira começou a ser estudado na década de 60, pelo paraense Mário Simões, e, recentemente, o arqueólogo Arkley Bandeira descobriu vestígios de um povo que habitou o lugar há seis mil anos antes de Cristo. “Tudo indica que os habitantes formavam uma comunidade organizada de pescadores. A riqueza histórica deste local é muito vasta. O museu, além de todo material que ainda está sendo descoberto no Sambaqui Panaquatira, também abrigará peças de outros sítios arqueológicos da Grande Ilha, por exemplo”, explicou Bandeira.

O projeto é que o Museu da Arqueologia seja construído na própria área onde está localizado o sítio arqueológico. “Além de ser um resgate da história, a construção deste museu impulsionará, significativamente, a atividade turística em nossa cidade. O turismo arqueológico é uma das atividades que mais gera renda e empregos no mundo”, afirmou o prefeito Gil Cutrim, que já determinou que técnicos da prefeitura, mediante autorização do Iphan e AGU, iniciem os trabalhos de elaboração do projeto arquitetônico do museu.

Kátia Bogéa, superintendente do Iphan, informou que uma das primeiras medidas a serem adotadas será delimitar toda a área do sítio arqueológico. Ela disse acreditar que, em razão da riqueza histórica encontrada no local, o governo federal não medirá esforços para financiar a construção do museu.

Já os procuradores Felipe Camarão e Marcelo Lauande explicaram que a AGU já está movimentando-se no sentido de regularizar a situação da área onde o sítio está localizado. “É uma área do polo turístico de Panaquatira, mas que pertence a União. Como foi muito bem dito pelo prefeito Gil Cutrim, além de incentivar o turismo no município, este museu abrigará a história de povos que viveram no nosso Estado há milhares de anos”, avaliou Camarão.

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