SÃO LUÍS - Em homenagem às vítimas do naufrágio da biana Estrela Guia I, ocorrido há um ano, o prefeito de São José de Ribamar, Luís Fernando Silva, decretou ponto facultativo nas instituições públicas hoje. Além disso, haverá uma missa especial celebrada às 8h30 na igreja matriz do município, como parte da programação de abertura do festejo de São José.
Segundo o pároco da Igreja de São José, padre Bráulio Ayres, a expectativa é que aproximadamente mil pessoas participem da cerimônia, que deve ser marcada, principalmente pela emoção. “Os moradores de toda a cidade ficaram chocados com a tragédia, pois as vítimas foram principalmente crianças. E, sempre quando há crianças, o sentimento de perda é maior. Além da inocência das vítimas, estamos falando do futuro da nossa cidade”, analisou o padre Braúlio Ayres.
Durante a missa, presidida pelo próprio padre, os parentes das vítimas devem dar depoimentos sobre a perda de seus familiares e lembrar a impunidade dos principais responsáveis pela tragédia.
JULGAMENTO
De acordo com a juíza da 2ª Vara da Comarca de São José de Ribamar, Tereza Cristina Mendes, o processo envolvendo o naufrágio da biana Estrela Guia I deve ser julgado até o fim deste mês.
Segundo a magistrada, apesar da denúncia oferecida pelo Ministério Público já ter sido investigada e da conclusão das diligências, somente agora é que os advogados de defesa de Walbinaldo dos Santos, o Fubica, e Durval dos Santos, o Chicolé, o dono e o condutor da embarcação, respectivamente, entregaram a documentação solicitada para que seja marcado o julgamento, que não deve acontecer em júri popular. “O caso transcorreu até com uma certa rapidez ante as nossas dificuldades. Mas, mesmo assim, acredito que podemos dar uma sentença já no fim deste mês”, prevê a juíza da 2ª Vara da Comarca de São José de Ribamar.
No processo, que tem 303 páginas, foram ouvidas 18 testemunhas (oito de defesa e 10 de acusação), em quatro audiências, todas marcadas pela emoção. “Diversas vezes tivemos de parar as audiências porque as testemunhas não tinham condições de relatar tudo”, contou a juíza.
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