"Truculenta e ilegal"

Agente penitenciária, presa em Santa Inês, afirma que prisão foi agressiva e arbitrária

O Sindspem afirma que vai entrar com representação contra a prisão de Adriana Roma.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h16
Segundo o Sindspem, os policiais civis agiram de forma truculenta e ilegal ao efetuarem a prisão de Adriana Roma. (Foto: Reprodução)

SANTA INÊS - Na última terça-feira (2), uma agente penitenciária, identificada como Adriana Roma, foi detida na Unidade Prisional de Santa Inês, acusada de desacato, constrangimento e resistência a prisão, pela equipe da Delegacia Regional de Santa Inês.

Segundo Adriana Roma, a prisão foi arbitrária e feita de forma agressiva. A agente penitenciária alega que estava de plantão na Unidade Prisional de Santa Inês, quando solicitou que um investigador da Polícia Civil e uma escrivã passassem pela revista, pois, os mesmos teriam acesso à unidade prisional sem passar pelo procedimento, o qual é exigido pela Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap).

Adriana afirma que, pediu a revista dos funcionários, pois a Seap determinou que todas as pessoas devem ser revistadas, pelos agentes penitenciários, antes de entrarem no presídio. Ainda de acordo com a agente, o investigador e a escrivã foram revistados por um aparelho de detector de metal, não havendo revista íntima ou algo que constrangesse os mesmos.

Horas após fazer a revista nos funcionários, Adriana Roma foi presa pela equipe da Delegacia Regional de Santa Inês. “O delegado, em companhia de mais dois investigadores, disseram que iriam me prender, mas declarei que não tinha cometido nenhuma ilegalidade e acabaram pegando nos meus braços e pés e ainda fui jogada dentro de um camburão. O delegado arbitraria uma fiança para ser solta”, declarou a agente penitenciária.

O caso foi registrado pelas câmeras de segurança. Veja a hora em que Adriana Roma é detida.

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Diante dos fatos, o Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário (Sindspem) afirma que, ainda esta semana, vai entrar com uma representação na Corregedoria da Polícia Civil e na Promotoria de Controle Externo contra a equipe da Delegacia Regional de Santa Inês, a qual é coordenada pelo delegado Ederson Martins.

Segundo o Sindspem, os policiais civis agiram de forma truculenta e ilegal ao efetuarem a prisão de Adriana Roma. De acordo com o presidente do Sindspem, Ideraldo Lima, o sindicato está tomando as devidas providências para resolver o caso. “Estamos tomando essa atitude para que não venha ocorrer outro tipo abuso”, afirma Ideraldo Lima.

Outra versão do caso

De acordo com o delegado Ederson Martins, responsável pela Delegacia Regional de Santa Inês, a escrivã e o investigador foram até a unidade prisional para tomarem o depoimento de um interno e, quando chegarem ao presídio, eles foram submetidos a uma revista íntima. “A escrivã foi levada para uma sala reservada e, ao tirar a blusa, foi informada que não precisava, porque, a agente a conhecia”, explicou o delegado Martins.

Ainda segundo o delegado Ederson Martins, ele foi informado sobre o caso e tentou falar com o diretor da unidade prisional, mas não conseguiu. Além disso, o delegado afirma que comunicou o fato à Secretaria de Segurança Pública.

Ederson Martins alega que, diante dos fatos, ele foi até o presídio em companhia de mais dois investigadores para ouvir a agente penitenciária Adriana Roma sobre o caso. “Ela falou que não iria até a delegacia e gritou para não abrir os portões da unidade prisional. Após isso, a agente penitenciária foi colocada dentro do camburão, mas por motivo da segurança”, afirma Ederson Martins.

Após ser ouvida, Adriana Roma foi liberada. A escrivã revistada também prestou esclarecimento sobre o caso. Segundo o delegado, a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o fato.

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