Santa Inês será sede do Seminário de Educação no Campo

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 15h00

SÃO LUÍS - Acontece entre os dias 26 e 28 deste mês, no município de Santa Inês, o I Seminário Estadual de Educação do Campo, promovido pela Secretaria de Estado da Educação.

Um dos objetivos do evento é colher subsidio para o Programa Estadual e Nacional de Educação no Campo, que deve estar pronto no início do próximo ano.

De acordo com o Censo Demográfico de 2000, 72,2% da população sem instrução ou com menos de um ano de estudo residem na zona rural do Estado. Um outro estudo estatístico sobre oferta e demanda educacional da zona rural, realizado em 2003, constatou que somente 4,6% dos alunos matriculados na 1ª série concluem a 8ª série no tempo regular.

O seminário, segundo explicou o secretário de Estado de Educação, Altemar Lima, visa debater a implementação das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo no Maranhão, buscando assim soluções para combater as desigualdades do cotidiano escolar.

O evento, que tem ainda a promoção do Ministério da Educação, prefeitura de Santa Inês e Gerência de Estado de Desenvolvimento e Articulação da Região de Pindaré, vai contar com a participação de profissionais do Ministério da Educação, secretários municipais de educação, educadores do campo e representantes de órgãos governamentais e não-governamentais.

Durante os três dias de discussões serão mapeadas as ações exitosas colocadas em prática pelo Estado, municípios e movimentos sociais. Serão mapeadas também as demandas específicas de cada região. O seminário visa ainda estabelecer negociações para o apoio pedagógico a projetos de educação profissional do campo – capacitação de docentes, bolsas de trabalho para monitores e melhoria de infra-estrutura.

Um dos programas êxitos que está sedo colocado em prática pela Secretaria de Educação e que será apresentado durante o seminário é a Escola Ativa. O programa atende as classes multiseriadas com uma metodologia específica para os alunos das regiões onde a população e rarefeita e não há demanda suficiente para ter turma seriada.

Também será discutido um projeto específico para atender a zona rural com ênfase no ensino de 5ª a 8ª série. A ênfase desse projeto é garantir o acesso de alunos a essas séries nas áreas onde a oferta é pequena. Para isso já foi feita uma série de estudos e mapeado a situação de todos os municípios onde há carência de vagas.

A secretaria está ainda realizando pesquisas com o objetivo de identificar as condições socioculturais e institucionais e as percepções, preferências e expectativas dos grupos indígenas e remanescentes de quilombos em relação aos serviços educacionais.

Está sendo elaborado pela secretaria um projeto com vistas a atender demandas do campo, como construção de escolas, formação de educadores, materiais didáticos, apoio às Escolas Famílias Agrícolas e Casas Familiares Rurais, priorizando os municípios mais pobres e as áreas de comunidades quilombolas.

O seminário tem a parceria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Maranhão (Fetaema), Movimento dos Sem-terra, Associação Regional das Casas Familiares Rurais (Arcafar), União das Associações de Escolas Família Agrícola (Uaefama), Associação das Comunidades Negras Rurais e Quilombolas (Aconerguq), Centro de Cultura Negra do Maranhão (CCN), Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), Sindicatos dos Professores do Estado do Maranhão (Simproessema), Secretaria de Estado da Agricultura (Seagro) e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Unime).

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