SÃO LUÍS - Detentos que comandaram uma extorsão aos presos da Delegacia Regional de Pinheiro, durante a rebelião dos dias 7 e 8 de fevereiro, serão transferidos para presídios federais. A informação de que foram feitos depósitos pelas famílias de alguns presos, de até R$ 4 mil, para que eles continuassem vivos foi divulgada na edição do último domingo (20), do jornal O Estado.
A reportagem do jornal teve acesso ao depoimento de um dos presos que estavam na rebelião, concedido a um juiz e a uma promotora. A declaração do preso foi confirmada pelos comprovantes dos depósitos bancários. Além disso, o preso revelou que as famílias eram obrigadas a comprar créditos para os celulares que estavam sendo usados pelos líderes da rebelião em Pinheiro. Segundo o depoimento, eles se comunicavam o tempo todo com presidiários de Pedrinhas, em São Luís, os verdadeiros mandantes do motim.
Investigação
O secretário de Segurança Pública, Aluisio Mendes, disse por telefone ao Imirante, que todos esses detalhes já estão sendo investigados e confirmou que o comando da rebelião saiu de Pedrinhas, sob a ordem maior de um detento conhecido como "Sadam". "Ele foi o maior comandante da rebelião em Pinheiro. Ele é quem comanda uma facção que domina Pedrinhas. Além dele, outros presos que trabalham como seus 'soldados' estão sendo identificados e serão transferidos para presídios federais", afirmou o secretário.
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Segundo Aluisio Mendes, a conta na qual foi depositada a quantia de R$ 4 mil é de uma parenta de um detento de Pedrinhas. "A informação que já apuramos é que mais de uma família foi extorquida. Como algumas famílias não conseguiram fazer o depósito, os presos foram mortos. Outros, no entanto, já eram para ser mortos, segundo o comando da rebelião", completou o secretário de Segurança.
Ainda há 20 vagas em presídios federais para o Maranhão. Aluisio Mendes ressaltou, contudo, que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que haverá vagas quantas forem necessárias para o Maranhão.
Os presos provisórios responsáveis pela rebelião terão os processo julgados com prioridade para que possam ser transferidos para presídios federais.
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