PEDREIRAS - Duas mulheres, uma professora e uma empresária, foram presas nesta quarta-feira (7), durante uma operação que investiga um esquema de estelionato e lavagem de dinheiro que teria causado um prejuízo estimado em mais de R$ 700.000,00 a professores de uma escola da rede estadual na cidade de Pedreiras, no Maranhão.
A operação, nomeada de ‘Amiga da Onça’, foi coordenada pelo 2º Distrito Policial de Pedreiras. De acordo com as investigações, a professora investigada obtinha dados pessoais dos colegas docentes, com o argumento de organizar reservas de hotéis e providenciar questões relacionadas a viagens de trabalho, como feiras e atividades pedagógicas em outras cidades.
Após coletar os dados pessoais dos colegas, que incluíam CPF e RG, a professora teria os repassado para a outra investigada, que é empresária e atua no ramo de veículos na cidade.
Uma das vítimas do esquema criminoso relatou que passou a receber cobranças indevidas em seu celular. Ao investigar, ela descobriu um empréstimo de R$ 69.000,00 referente a um financiamento de veículo que nunca realizou. O contrato estava em seu nome, mas os dados pessoais pertenciam à professora que coletou seus dados, o que motivou a denúncia da vítima à polícia.
A empresária, por sua vez, teria utilizado as informações para elaborar contratos de financiamento bancário fraudulentos, conforme destacou a titular do 2º DP de Pedreiras, delegada Lorena Brasileiro Catunda, que conduz as investigações sobre o caso.
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“Ela enviava um link contendo o contrato para a professora que, sob o disfarce de ter descoberto um aplicativo de fotos engraçadas, atraía os colegas para realizar o reconhecimento facial e assinatura digital dos contratos. O dinheiro do financiamento era depositado na conta da empresária e posteriormente dividido entre as duas”, afirmou a delegada.
Durante a operação, a empresária foi presa em sua loja, localizada no bairro Engenho. Já a professora foi presa na entrada da cidade de Pedreiras, após uma campana realizada por policiais civis, com apoio de policiais militares. Segundo as apurações, a professora se escondia na cidade vizinha, Lima Campos, pois já sabia que professores a tinham denunciado e que ela poderia ser alvo de uma investigação policial.
Além do cumprimento dos mandados de prisão preventiva, a polícia também apreendeu documentos, celulares, contratos bancários, entre outros documentos que servirão como elemento para a continuidade das investigações, além de dois veículos.
A investigação terá continuidade, para identificar se mais pessoas podem estar envolvidas no esquema criminoso.
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